16/08/2009

O Bem que pode ser feito

Anote quanto auxílio poderá você prestar ainda hoje.
Em casa, pense no valor desse ou daquele gesto de cooperação e carinho.
No relacionamento comum, faça a gentileza que alguém esteja aguardando conforme a sua palavra.
No grupo de trabalho, ouça com bondade a frase menos feliz sem passá-la adiante.
Ofereça apoio e compreensão ao colega em dificuldade.
Estimule o serviço com expressões de louvor.
Quando puder, procure resolver os problemas sem alardear seu esforço.
Em qualquer lugar, pratique a boa influência.
Desculpe falhas alheias, consciente de que você também pode errar.
Observe quanto auxílio poderá você desenvolver ao trânsito, respeitando sinais.
Acrescente paz e reconforto à dádiva que fizer.
Evite gritar para não chocar a quem ouve.
Pague a sua pequena prestação de serviço à comunidade, conservando a limpeza onde passe.
Sobretudo mostre simpatia e reconhecerá que o seu sorriso, em favor dos outros, é sempre uma chave de luz para que você encontre novas bênçãos de Deus.


Fonte: Amanhece André Luiz & Francisco Cândido Xavier

A CARIDADE E O AMOR

“Qual o verdadeiro sentido da palavra caridade, como a entendia Jesus?” “Benevolência para com todos, indulgência para as imperfeições dos outros, perdão das ofensas.” Questão n.º 886 (Da Lei de Justiça, de Amor e de Caridade) – O Livro dos Espíritos

Confunde-se, freqüentemente, caridade com amor. No entanto, não são palavras sinônimas, tanto que ambas aparecem numa lei divina que inclui a justiça. Muitos centros espíritas levam o nome “Amor e Caridade”. Evidentemente não imaginavam seus fundadores tivessem o mesmo significado, algo como “Luz e Claridade” ou “Paz e Tranqüilidade”.

Caridade seria, na ótica de “O Livro dos Espíritos”:
Benevolência, que se exprime na boa vontade e na disposição para praticar o Bem;
Exercício de benevolência: Trabalho em favor do semelhante.

Indulgência, que é clemência e misericórdia para as imperfeições alheias;
Exercício da indulgência: Solidariedade em face das limitações do próximo, evitando discriminá-lo.

Perdão, que é o ato de desculpar ofensas.
Exercício do perdão: Esquecimento do mal que se tenha sofrido de alguém, num ato de tolerância esclarecida que se exprime na compreensão.

Talvez tenhamos aí a origem da máxima de Kardec: “Trabalho, Solidariedade e Tolerância”, a orientar a ação espírita. Sem tais princípios não há a possibilidade de um entendimento perfeito ente os homens na construção de um mundo melhor.

E o Amor? Amor é afeição profunda. É gostar muito. É, em sua acepção mais nobre, querer o bem de alguém na doação de si mesmo.
Decantado pelos poetas e exaltado pelos sonhadores, o Amor é abençoado sol que ilumina e aquece os escabrosos caminhos humanos.
Só há um problema: é impossível sustentá-lo, torná-lo operoso e produtivo sem o combustível da caridade.
Encontramos na via pública uma mulher em penúria, rodeada de filhos maltrapilhos e famintos. Sensibilizamo-nos: “Que quadro triste, meu Deus! Quanto sofrimento!”
Estendemos-lhe alguns trocados e seguimos em frente, evocando, cheios de compaixão: “Jesus a ampare, minha irmã!…”Naquele exato momento brilhou em nós uma réstia de amor, infiltrando-se no impassível egocentrismo humano.
Mas que amor vazio, efêmero! Um amor quase inútil, que se limitou à esmola para aliviar a consciência, transferindo para o Cristo providência melhor, sem considerar que Ele esperava por nós para atendê-la com a iniciativa de parar, conversar, conhecer melhor a extensão de seus problemas, ajudando-a. Sem caridade o amor pode ser muito displicente...

Temos um grande amigo. Gostamos muito dele. Um dia ele faz algo que nos desagrada. Irritamo-nos profundamente. Azedamos nosso relacionamento. Distanciamo-nos, jogando fora uma gratificante amizade. Sem caridade o companheiro mais querido pode converter-se num estranho…

O casal vive bem. Marido e mulher amam-se profundamente. Um dia ele comete um deslize: envolve-se em aventura extraconjugal. A esposa toma conhecimento e o abandona imediatamente, não obstante ele implorar-lhe que fique, dilacerado de remorsos. E estagiam ambos em crônica infelicidade, marcada por insuperável nostalgia. Sem caridade o afeto mais ardente pode ser afogado num oceano de mágoas e ressentimentos.

No passado muitos religiosos instalavam-se em lugares ermos, impondo-se privações e flagícios como sacrifício em favor da Humanidade. Em sua maioria apenas comprometeram-se em excentricidades e desequilíbrios. Sem caridade o amor pelo semelhante pode converter-se em perturbadora paixão por nós mesmos…

O apóstolo Paulo vai bem mais longe no assunto (I Coríntios 13: 1-3), quando destaca que ainda que detenhamos o verbo mais sublime, a mediunidade mais apurada, o conhecimento mais profundo, a convicção mais poderosa, o desapego mais amplo e inabalável destemor da morte, isso tudo pouco valerá se faltar a caridade, isto é, se não estivermos imbuídos do desinteresse pessoal, no desejo sincero de servir o semelhante.

E Kardec nos oferece a mesma visão de inutilidade de todas as iniciativas em favor da redenção humana, se faltar o componente básico, ao proclamar: “Fora da Caridade não há Salvação.”

(De “A Constituição Divina”, de Richard Simonetti)

PROFILAXIA

Se a maledicência visita o seu caminho, use o silêncio antes que a lama resolvida se transforme em tóxicos letais.

Se a cólera explode ao seu lado, use a prece, a fim de que o incêndio não se comunique às regiões menos abrigadas de sua alma.

Se a incompreensão lhe atira pedradas, use o silêncio, em seu próprio favor, imobilizando os monstros mentais que a crueldade desencadeia nas almas frágeis e enfermiças.

Se a antipatia gratuita surpreende as suas manifestações de amor, use a prece, facilitando a obra da fraternidade, que o Mestre nos legou.

O silêncio e a prece são os antídotos do mal, amparando o Reino do Senhor, ainda nascente no mundo.

Se você pretende a paz no setor de trabalho que Jesus lhe confiou, não se esqueça dessa profilaxia da alma, imprescindível à vitória sobre a treva e sobre nós mesmos.


pelo Espírito André Luiz - Do livro: Apostilas da Vida, Médium: Francisco Cândido Xavier

13/08/2009

Bom Ânimo

Livro: Florações EvangélicasJoanna de Ângelis & Divaldo P. Franco

Hoje experimentas maior soma de aflições.
Observaste a grande mole dos sofredores: mães desnutridas apertando contra o seio sem vitalidade filhos, misérrimos, desfalecidos, quase mortos; mutilados que exibiam as deformidades à indiferença dos passantes na via pública; aleijões que se ultrajavam a si mesmos ante o desprezo a que se entregavam nos "pontos" de mendicância em que se demoram; ébrios contumazes promovendo desordens lamentáveis; enfermos de vária classificação desfilando as misérias visíveis num festival de dor; jovens perturbados pela revolução dos novos conceitos e vigentes padrões éticos; órfãos...
Pareceu-te mais tristonha a paisagem humana, e consideras mentalmente os dramas íntimos que vergastam o homem, na atual conjuntura social, moral e evolutiva do Planeta.
Examinas as próprias dificuldades, e um crepúsculo de sobras lentamente envolve o sol das tuas alegrias e esperanças.
Não te desalentes, porém.
O corpo é oportunidade iluminava mesmo para aqueles que te parecem esquecidos e que supões descendo os degraus da infelicidade na direção do próprio aniquilamento.
Nascer e morrer são acidentes biológicos sob o comando de sábias leis que transcendem à compreensão comum.
Há, no entanto, acompanhando todos os caminhantes a forma carnal, amorosos Benfeitores interessados na libertação deles. Não os vendo, os teus olhos se enganam na apreciação; não os ouvindo, a tua acústica somente registra lamentos; não os sentindo, as parcas percepções de que dispões não anotam suas mãos quais asas de caridade a envolvê-los e sustentá-los.
Perdido em meandros o rio silencioso e perseverante se destina ao mar.
Agita e submissa nas mãos do oleiro a argila alcança o vaso precioso.
Sofrido o Espírito nas malhas da lei redentora atinge a paz.
Ante a sombra espessa da noite não esqueças o Sol fulgurante mais além. E aspirando o sutil aroma de preciosa flor não olvides a lama que lhe sustenta as raízes...
Viver no corpo é também resgatar.
O Espírito eterno, evoluindo nas etapas sucessivas da vestimenta carnal, se despe e se reveste dos tecidos orgânicos para aprender e sublimar.
Numa jornada prepara o sentimento, noutra aprimora a emoção, noutra mais aperfeiçoa a inteligência...
Nascer ou renascer simplesmente não basta.
O labor, interrompido, pois, prosseguirá agora ou depois.
Não cultives, portanto, o pessimismo, nem te abatam as dores.
Cada um se encontra no lugar certo, à hora própria e nas circunstâncias que lhe são melhores para a evolução. Não há ocorrência ocasional ou improvisada na Legislação Divina.
Quando retornou curado para agradecer a Jesus da morféia de que fora libertado, o samaritano que formava o grupo dos dez leprosos, conforme a narração evangélica, fez-nos precioso legado: o do reconhecimento.
Quando o centurião afirmou ao Senhor que uma simples ordem Sua faria curado o seu servo, ofertou-nos sublime herança: a fé sem limites.
Quando a hemorroíssa, vencendo todos os obstáculos, tocou o Rabi, deixou-nos precioso ensino: a coragem da confiança.
Identificado ao espírito do Cristo, não te deixes consumir pelo desespero ou pela melancolia, sob revolta injustificada ou indiferença cruel. Persevera, antes, no exame da verdade e insiste no ideal de libertação interior, ajudando e prosseguindo, além, porque se hoje a angústia e o sofrimento te maceram, em resgate que não pode transferir, amanhã rutilará no corpo ou depois dele o sol sublime da felicidade em maravilhoso amanhecer de perene paz.
"Tem ânimo filhos: perdoados são os teus pecados." - Mateus: 9-2.
"Deus não dá prova superior às forças daquele que a pede; só permite as que podem ser cumpridas. Se tal não sucede, não é que falte possibilidade: falta a vontade". - Cap. XIV, Item 9, § 9.

Sem tempo ruim


Os que despertamos todos os dias, a cada dia, com os mesmos problemas, costumamos desanimar.
Dizemo-nos cansados porque a noite, que estabeleceu o intervalo entre o ontem e o hoje, não apagou as dificuldades que ressurgem, com o dia novo.
Angustiamo-nos porque a rotina nos sufoca, os problemas se acumulam, as soluções parecem não chegar nunca.
E nos arrastamos por mais 24 horas.
No entanto, ao ouvirmos relatos de pessoas que sofreram grandes impactos em suas vidas, o que notamos é sua força de vontade vigorosa, a certeza de lutar e vencer.
Uma dessas pessoas é a americana Lauren Manning.
No dia 11 de setembro de 2001, ao entrar no edifício da Torre Norte do World Trade Center, em Nova Iorque, uma bola de fogo desceu pelo poço do elevador e a derrubou.
82% do seu corpo sofreu queimaduras.
As mãos ficaram de tal modo queimadas que nelas só existe tecido cicatrizado e osso.
Seu filho tinha, na ocasião, somente 10 meses de vida.
E, enquanto ele deixou o carrinho para engatinhar, passou a andar, aprendeu a usar o patinete e a bicicleta, ela teve de aprender a se sentar, ficar de pé, andar, usar o copo, o garfo e a faca.
Depois de mais de 25 cirurgias realizadas para enxerto de pele, correção de cicatrizes nas costas, no rosto e nas mãos, Lauren mantém o otimismo.
Os progressos físicos foram conseguidos a duras penas. Graças a uma luva especialmente ajustada, Lauren até consegue segurar uma raquete de tênis. Embora não possa sacar.
Ela ainda visita terapeutas ocupacionais e fisioterapeutas, que a ajudam a alongar as mãos delicadas, terrivelmente queimadas pelo metal quente das portas do saguão.
Com todo esse drama, Lauren diz: Eu não tenho dias ruins.
Ela e o marido aproveitam o que tem: um ao outro e ao filho Tyler que, somente aos 4 anos de idade, soube o que aconteceu com sua mãe naquele dia terrível.
Isso porque viu os pais na TV e, então, lamentou:
Não queria que você tivesse se machucado.
Em verdade, se não tivesse se atrasado, naquele dia, ela estaria no 106º andar, na hora em que o avião se chocou contra a torre. E teria morrido.
O atraso lhe salvou a vida.
Lauren brinca com o filho, sorri ao contar como faz teatrinho com ele, dramatizando histórias e confidencia que adoraria ter mais filhos.
A esperança está viva nela que conclui: A vida não poderia ser melhor.


* * *


Sejamos mais otimistas, batalhadores.
Miremo-nos em exemplos como o de Lauren, que existem às centenas.
Agradeçamos a Deus pela vida, pelas nossas dores, pelas nossas vitórias.
Não temamos o fracasso e não alimentemos tragédias.
Vivamos cada dia, com sol, chuva ou tempestade porque, afinal, a madrugada de bonanças surge sempre, concedendo-nos breve trégua, a fim de que nos reabasteçamos de luz e prossigamos.
Pensemos nisso!

Redação do Momento Espírita com base no artigo Sobrevivi,
por Gail Cameron Wescott, publicado na revista Seleções Readers Digest, de tembro.2006. Em 13.08.2009.

11/08/2009

Obsessão

Filhos, não olvideis que os vossos afetos invisíveis do pretérito procuram interferir negativamente em vossos justos anseios espirituais do presente.
De todas as formas, eles buscarão se insinuar em vossos caminhos, impedindo a vossa desvinculação mental com o passado.
Pela afinidade natural que convosco estabeleceram em experiências pregressas, lograrão fácil acesso ao vosso psiquismo, articulando aos vossos ouvidos inaudíveis palavras de desalento.
Praticamente sem tréguas, insistirão convosco na descrença, armando-vos o espírito contra os companheiros que vos têm concitado à renovação.
Levantarão em vós suspeitas infundadas a respeito daqueles que podem vos influenciar para o bem.Não raro, prepararão instrumentos para vossa queda no rol de vossas afeições mais íntimas.
Nos lábios dos que tenham alguma ascendência sobre vós, colocarão palavras que vos induzirão a reconsiderar atitudes e decisões no campo da fé.

Os irmãos consanguíneos do Mestre o tinham à conta de homem fora do seu juízo perfeito ...
Quantos se fizeram cristãos nos primeiros tempos do Evangelho começavam a ser chamados ao testemunho no seio da própria família.
Os espíritos que lutam contra os propósitos de espiritualização das criaturas envidam esforços no sentido de que o seguidor de Jesus na Doutrina Espírita vincule a causa dos problemas materiais que enfrenta à sua nova opção de fé.
Por este motivo, os espíritas sempre facearão acirrada perseguição material por parte dos opositores da Terceira Revelação.
Além de sustentarem lutas cármicas pessoais, defrontar-se-ao com os adversários da Causa que abraçaram.No entanto o amparo espiritual não haverá de faltar a quem tome a decisão de renunciar às facilidades transitórias.
Filhos, perseverai na fé e triunfareis!


Cap. 9 do Livro: A Coragem da Fé
Médium: Carlos A. Baccelli
Espírito: Bezerra de Menezes

09/08/2009

Egoísmo

Herança evidente de nossa antiga animalidade, por toda a parte, ainda vemos o egoísmo a repontar em toda extensão do mundo...

O egoísmo!...

Em família, é o exclusivismo do sangue.
No lar, é o narcisismo doméstico.
Na oficina de trabalho, é o despeito.
Na propriedade transitória, é a ambição de posse desnecessária.
Na cultura da inteligência, é a vaidade intelectual.
Na ignorância, é a agressividade.
Na riqueza amoedada, é o espírito de usura.
Na pobreza, é a inveja destrutiva.
Na madureza, é o azedume.
Na mocidade, é a ingratidão.
No ateísmo, é a impiedade.
Na fé religiosa, é a intolerância.
Na alegria, é o excesso.
Na tristeza, é o isolamento.
Nos fortes, é a tirania.
Nos fracos, é a astúcia.
Na afetividade, é o ciúme.
Na dor, é o desespero.
No mimetismo que lhe é próprio, usa em todos os setores as mais diversas máscaras e qual o joio que abafa o trigo, comparece igualmente nos corações que a luz já felicite, em forma de cólera e irritação, desânimo e secura...
Se desejamos dar combate à praga do egoísmo na gleba da alma, saibamos estender, cada dia, as nossas disposições de mais amplo serviço ao próximo, e, aprendendo a ceder de nós mesmos, entre a humildade e o sacrifício, no bem de todos, conquistaremos com o Cristo a plenitude do amor que lhe converteu a própria cruz em ressurreição para a Vida Eterna.

Emmanuel & Francisco Cândido Xavier

05/08/2009

Centro Espírita

Filhos, que o centro espírita - célula viva do Cristianismo em suas origens - vos mereça o melhor carinho e consideração.

Sempre que possível, integrai a equipe de companheiros que permanece lutando para que o templo espírita cristão tenha sempre as portas descerradas à comunidade.

Não vos isoleis uns dos outros, fugindo à convivência salutar que vos preserva o discernimento e vos combate o personalismo.

Em contato com os irmãos de ideal, as vossas ideias se reciclarão e a indispensável permuta de experiências vos será uma permanente fonte de inspiração para o trabalho.

Os cristãos dos primeiros tempos do Evangelho na face do mundo, não atuavam isoladamente.

A auto-suficiência espiritual carece de ser combatida com determinação.

Se considerais que nada tendes a aprender com os companheiros, não olvideis a vossa obrigação de ensinar.

Quanto puderdes, no entanto, preocupai-vos em não vos aterdes única e simplesmente à teoria ou à disputa de cargos de liderança.

Participai diretamente das tarefas mais humildes da casa espírita, vacinando o espírito contra o fascínio de si mesmo.

O Mestre lavou os pés aos apóstolos ...

Nas instituições meramente humanas, manda mais quem tenha mais dinheiro e poder, todavia, naquelas que transcendem os interesses dos homens, quem mais pode é quem mais serve.

Filhos, adequai o centro espírita para que ele cumpra, na Terra, a sua função de educandário das almas.

Dentro dele, consagrai um tempo sempre mais dilatado ao estudo da Doutrina, evitando que se transforme em foco de mediunismo e perturbação.

Que, em suas atividades, o grupo espírita dos dias atuais procure se assemelhar à casa dos apóstolos, em Jerusalém, abençoada oficina de trabalho, que tanto se preocupava em ser pão para o corpo quanto em ser luz para o espírito!

Cap. 8 do Livro: A Coragem da Fé Médium: Carlos A. Baccelli Espírito: Bezerra de MenezesCasa Editora Espírita "Pierre-Paul Didier"

Mediunidade

Filhos, a mediunidade é o pábulo espiritual que vos sustenta a crença na imortalidade.

Haja o que houver, não vos afasteis dos vossos deveres mediúnicos, procurando o próprio fortalecimento e o de vossos irmãos.

O intercâmbio com o Mundo Espiritual foi referendado pelo Cristo, que, transfigurando-se no Tabor, manteve estreito contacto com os espíritos de Moisés e Elias.

Mais tarde, Ele mesmo, por diversas vezes, apareceria redivivo aos olhos dos companheiros amados, consentindo, inclusive, que um deles tocasse em suas feridas, para certificar-se da realidade da vida além da morte.

As alegrias que vos serão advindas do cumprimento de vossas obrigações na mediunidade compensarão todas as vossas dores e sacrifícios.

Disciplinai-vos. Crescei em espírito e vereis as vossas faculdades medianímicas se ampliarem em suas possibilidades.

Todo caminho de ascensão é repleto de obstáculos.

Não queirais transpô-los à pressa, mas estai convictos de que o êxito em qualquer empreendimento demanda tempo de preparação.

Não duvideis hora alguma da ação dos desencarnados sobre vós ...

Devotai-vos à prática do bem ao semelhantes, criando um ambiente propício para a fé.
A ociosidade conduz ao cepticismo.

A indiferença ante a dor de quem chora relega ao descaso os assuntos pertinentes à alma.

Tende a fé em vós mesmos! Não vacileis na tarefa que vos tenha sido confiada em vosso singelo círculo de actividades doutrinárias.

Elevai-vos mentalmente e equilibrai os vossos sentimentos para transmitirdes com a fidelidade possível os recados do Mais Além.

Sobretudo, preocupai-vos em serdes intérpretes das boas obras ...
Filhos, o exercício da mediunidade com Jesus não exime o medianeiro de suas provas.

Vertei o amaro pranto de que vos seja causa a ingratidão dos homens, preferindo as lágrimas derramadas no cumprimento do dever do que a satisfação ilusória de quem deixa de fazer o que deve pelo que quer.

Cap. 7 do Livro: A Coragem da Fé Médium: Carlos A. Baccelli Espírito: Bezerra de MenezesCasa Editora Espírita "Pierre-Paul Didier"

FANTASIA E REALIDADE

Embora seja o Centro Espírita sagrado instituto de iniciação espiritual, vezes inúmeras procuramos mais pela necessidade de ajuda que pelo desejo de aprender.
É quando nos sentimos dominados pela depressão e indefinível sensação de mal-estar nos oprime; é quando dores não diagnosticáveis nos torturam e o desânimo nos sitia; enfim, é quando, segundo a terminologia espírita, somos visitados pela perturbação.
Ao contacto do ambiente balsâmico, sob efeito da palavra amiga de dedicados orientadores, e experimentando o benefício do passe magnético, aplicado por especialistas do Além, sentimo-nos reanimados e regressamos ao lar qual se houvéramos recebido poderosa medicação estimulante — infelizmente mal assimilada, porque em breve recrudescem aqueles males, a nos distanciarem da tranqüilidade.
É o nosso Carma! — dir-se-ia. Mas semelhante raciocínio nem sempre é admissível.
Assim como o distúrbio da digestão é antes conseqüência do excesso alimentar do que sintoma de úlceras, nossas freqüentes perturbações refletem muito mais os desajustes do presente que o desastres do passado.
Assim como a glutonaria é fator de desequilíbrio orgânico, a intemperança mental é porta aberta para a invasão das sombras.
Por isso, a auto-análise, que possibilite identificar as falhas de nossa personalidade e seus reflexos na conduta diária, é preliminar indispensável no esforço da renovação, a fim de que o mal desapareça em definitivo e perdure a harmonia.
Todavia, nem sempre nos preocupamos com esta questão e, quando o fazemos, é de forma superficial, distanciada da realidade.
“— Hoje não me sinto bem psiquicamente.
Que terei feito de errado ontem?"
“Pela manhã não esqueci a oração, e estude “O Livro dos Espíritos” com atenção.
Discuti com um vendedor que pretendia impor mercadoria inferior por alto preço. Deixei bem claro que não sou tolo!"
“Dediquei-me ao serviço no escritório, durante a tarde, sem tempo para cogitações inferiores. O único incidente de que me recordo é que passei severa descompostura em alguns subordinados distraídos em conversa. Era preciso manter a ordem!"
“À noite compareci ao serviço mediúnico. A palestra do orientador espiritual foi magnífica. Quantas lições! Após a sessão, conversei com alguns companheiros. Lembro-me de que lhes falei a respeito de um confrade. Alertei-os de que se trata de pessoa mesquinha, que não merece confiança nem respeito."
“Que terei feito de mal?”

Neste breve monólogo podemos observar como é fácil identificar esclarecimento, disciplina e advertência em três atitudes que a Doutrina dos Espíritos classificaria, mais acertadamente, como agressividade, prepotência e maledicência, fatores de sintonia com as esferas inferiores, o grande celeiro de perturbações.
À medida que nos aprofundamos no estudo da Terceira Revelação, melhor percebemos a grandiosidade da lição legada por Jesus ao recomendar oração e vigilância.

É indispensável vigiar atentamente nossos pensamentos e ações nos contactos com o próximo, conscientes de que, sempre que não expressarem pureza, estaremos a caminho do desequilíbrio.
Quando isso acontecer, a prece sincera, da quem reconhece a própria fraqueza e deseja o melhor, será o recurso divino capaz de reajustar as emoções, para que o Bem seja mais forte.

por Richard Simonetti - Fonte: Revista Reformador – maio, 1964, extraido do site: www.espirito.org.br.

No Recinto Doméstico


Livro: Sinal Verde - 4 André Luiz & Francisco Cândido Xavier


Bondade no campo doméstico é a caridade começando de casa.


Nunca fale aos gritos, abusando da intimidade com os entes queridos.


Utilize os pertences caseiros sem barulho, poupando o lar a desequilíbrio e perturbação.


Aprenda a servir-se, tanto quanto possível, de modo a não agravar as preocupações da família.


Colabore na solução do problema que surja, sem alterar-se na queixa.


A sós ou em grupo, tome a sua refeição sem alarme.


Converse edificando a harmonia.


É sempre possível achar a porta do entendimento mútuo, quando nos dispomos a ceder, de nós mesmos, em pequeninas demonstrações de renúncia a pontos de vista.


Quantas vezes um problema aparentemente insolúvel pede tão somente uma palavra calmante para ser resolvido?


Abstenha-se de comentar assuntos escandalosos ou inconvenientes.


Em matéria de doenças, fale o estritamente necessário.


Procure algum detalhe caseiro para louvar o trabalho e o carinho daqueles que lhe compartilham a existência.


Não se aproveite da conversação para entretecer apontamentos de crítica ou censura, seja a quem seja.


Se você tem pressa de sair, atenda ao seu regime de urgência com serenidade e respeito, sem estragar a tranqüilidade dos outros.

02/08/2009

Ser Espírita

Filhos, ser espírita é oportunidade de vivenciar o Evangelho em espírito e verdade.
O seguidor da Doutrina é alguém que caminha sobre o mundo, mais consciente de seus erros que de seus acertos. Por este motivo – pela impossibilidade de conformar os interesses do homem velho com os anseios do homem novo, ele quase sempre deduz que professar a fé espírita não é tarefa fácil.
Toda mudança de hábito, principalmente daquele que lhe esteja mais arraigado, impõe à criatura encarnada sacrifícios inomináveis.
O rompimento com o "eu" é um parto laborioso, em que, não raro, sem experimentar inúmeras recaídas, o espírito não vem à luz ...
O importante é que não vos deixeis desalentar.
Recordai que, para o trabalho inicial do Evangelho, Jesus requisitou o concurso de doze homens e não de doze anjos.
Talvez o problema maior para os companheiros de ideal que se permitem desanimar, ante as fragilidades morais que evidenciam, seja o fato de suporem ser o que ainda não o são.
Sem dúvida, os que vivem ignorando as próprias necessidades, aparentemente vivem em maior serenidade de quantos delas já tomaram consciência; não olvideis, contudo, que a aspiração do melhor é intrínseca à sua natureza - o homem sempre há de querer ser mais ...
Na condição, pois, de esclarecidos seguidores da Doutrina Espírita, nunca espereis vos acomodar, desfrutando da paz ilusória dos que não se aprofundam no conhecimento da Verdade que liberta.
Onde estiverdes, estareis sempre inquietos pelo amanhã.
A aflição que Jesus bem-aventurou, é aquela que experimenta quem se põe a caminho e não descansa antes de concluir a jornada.
Filhos, apesar dos percalços externos e de vossos conflitos íntimos, aceitai no Espiritismo a vossa melhor chance de redenção espiritual, e isto desde o começo de vossas experiências reencarnatórias.
Valorizai o ensejo bendito e não culpeis a Doutrina pelas vossas mazelas.


Cap. 6 do Livro: A Coragem da Fé Médium: Carlos A. Baccelli Espírito: Bezerra de Menezes
A BEBIDA PROVOCA INÚMEROS PREJUÍZOS AO FÍSICO E AO ESPÍRITO.
TODOS QUE INGEREM BEBIDAS ALCOÓLICAS SE DESEQUILIBRAM,
POIS PASSAM A VIBRAR EM CONDIÇÕES INCRIVELMENTE INFERIORES
E ACABAM SE ENTREGANDO AOS DESREGRAMENTOS MUNDANOS.

Trecho do Livro Lições que a Vida Oferece
Cap.I - Supostos Amigos - pag 24
De Eliana Machado Coelho pelo espírito Schellida

01/08/2009

Nós, cristão, precisamos parar, periodicamente para pensar em Jesus; os espiritas, em particular, para avaliarmos o que representa o espiritismo em nossas vidas, para que não seja uma religião a mais, para que não nos encantemos com a frivolidade de nele encontrar soluções para os problemas superficias.

Do livro Um Encontro com Jesus de Divaldo Franco compilado por Delcio Carlos Carvalho.