29/12/2013

Ajuda!



AMIGOS!!!!

A Casa Espírita que frequento está em busca de recursos para aquisição da nossa sede, pois o contrato de aluguel não foi renovado e podemos ter que deixar o imóvel a qualquer momento .
Contamos com a ajuda de todos!
Maiores informações em nosso blog: http://aeteresadavila.blogspot.com.br/p/amigos-aeta-campanha.html
Conheça a nossa história: http://aeteresadavila.blogspot.com.br/p/conheca-associacao-espirita-teresa.html

07/12/2013

Um Panorama Espiritual da Depressão


A depressão é uma doença da alma. Sendo assim, infelizmente, a ciência materialista pouco pode fazer a não ser minimizar os sintomas do doente para que este possa conviver socialmente. Com isso, o máximo que ela consegue é limitar-lhe a capacidade mental e volitiva, afetiva e de memória.
Estima-se que 20% da população do planeta sofre deste terrível mal. Dados levantados por pesquisadores indicam que a depressão é a segunda maior causa de ausência no trabalho e metade dos deprimidos param de trabalhar e ter uma vida social. Normalmente, é catalogada pela medicina como uma enfermidade cujo tratamento é para a vida inteira, com 50% de chances de recaída.
A pior conseqüência da doença é o suicídio, uma vez que 15% desses nossos irmãos cometem este ato extremo.
Os principais sintomas são: insônia, tristeza persistente, desânimo, alteração do apetite, falta de energia, baixa produtividade, perda de prazer. Persistindo esses sintomas por mais de duas semanas significa que o indivíduo encontra-se em estado de crise.
Influências espirituais:
O espiritismo, que define o Espírito como a essência do próprio ser, explica a depressão como uma doença espiritual, uma fase avançada do processo obsessivo, resultante do assédio persistente de espíritos inferiores sobre a mente do homem e dos que o circundam. Portanto, quem não acredita no Espírito, ou ainda, pouco conhecimento tem sobre sua natureza, não está em condições de conhecer-lhe a causa e muito menos de tratá-la.
A verdade é que todos os seres humanos possuem uma certa sensibilidade mediúnica, ou seja, uma determinada e variável predisposição orgânica em ser "suscetível" ao mundo espiritual que o circunda. Essa suscetibilidade ocorre em nível mental-emocional, de inteligência para inteligência, em que predomina a lei de sintonia. O teor do pensamento determina o tipo da sintonia que estabelecemos, consciente ou inconscientemente, com homens ou espíritos.
A maioria das depressões nascem de um processo obsessivo, normalmente decorrente de uma fraqueza moral que abre campo para espíritos malfazejos e mal intencionados que passam a impor sua vontade sobre a vontade do deprimido.
Os espíritos ainda arraigados à materialidade precisam de alimento energético. Como ninguém gosta de cogitar sobre isso, ainda mais fácil se lhes torna o assédio.
O aflorar da mediunidade:
Desde o tempo de Allan Kardec os bons espíritos afirmam que, independentemente de crer ou não crer, a humanidade está alcançando um patamar evolutivo em que a torna mais sensível ao contato com os campos espirituais circunvizinhos à Terra. Estamos esbarrando no mundo espiritual e ainda não percebemos isso.
Ora, como é a sintonia que determina o tipo de contato com as inteligências das dimensões espirituais, para que se supere a depressão é necessário que o doente mude a sintonia que vem sustentando.
Interferências espirituais nocivas:
Os efeitos da obsessão instalada são óbvios: o próprio doente sente-se confuso em identificar a própria personalidade. Seus pensamentos tornam-se confusos e contraditórios, o que lhe gera insegurança e medo. Num quadro mais agravado observa-se a fraqueza crescente, que é a perda de energia vital. Por isso, em muitos casos, o deprimido sente fortes dores no estômago (perda de energia pelo plexo solar).
Todas as pessoas viciadas, por exemplo, são médiuns conscientes ou inconscientes.
As interferências espirituais nocivas, causadas pela presença atuante de espíritos malfazejos, nada mais fazem do que dinamizar a inconsistência moral sustentada imprudentemente pelo deprimido.
A porta da alma se abre pelo lado de dentro:
Quem trabalha efetivamente na doutrina espírita e atua num centro bem orientado sabe que é perfeitamente possível libertar-se, em breve tempo, do terrível flagelo que é a depressão.
De acordo com os Evangelhos, Jesus, o divino Mestre, outra coisa não fazia senão redirecionar a sintonia de inúmeros doentes do corpo e da alma para as esferas superiores do sentimento, com isso, curou inúmeros "endemoninhados" e "lunáticos".
É dele a máxima preventiva: "Vigiai e orai!"
O que a vítima da depressão precisa compreender e assimilar é o fato de que ninguém pode abrir a porta de nossa alma, mesmo que force, porque a fechadura está do lado de dentro. Somente nós mesmos podemos abrir a porta para aquilo que nos convêm.
Educando a sensibilidade:
Uma das sustentações doutrinárias do espiritismo é fazer com que o ser humano se esforce para não entrar em sintonia com as faixas inferiores da vida. Ao contrário, sintonizar-se com as faixas superiores.
Para isso é fundamental aprender a discernir o próprio pensamento do pensamento invasor. Fatores que aborrecem devem ser vencidos. Trata-se de lutar ou se entregar, forçar resistência ao aparentemente irresistível componente depressivo. Reconhecer a própria força de vontade -normalmente, subjugada pela vontade do agente perturbador- e novamente fortalecê-la.
Pedir auxílio ao Criador é o segredo. Assumir, com humildade e confiança, a condição de necessitados espirituais que somos, reconhecendo o poder soberano da luz divina que nos abençoa constantemente e, para a qual estamos temporariamente impermeáveis, em função de nosso arbitrário acrisolamento na dor.
Não aceitar a tristeza em hipótese alguma. Nem a mágoa, nem a autopiedade, nem a busca de isolamento ou de fuga excessivas.
A depressão cessa com a mudança da sintonia espiritual:
Muitos médiuns que hoje militam com segurança nas casas espíritas, equilibrados e sem alarde na mediunidade com Jesus, chegaram sob os mais constrangedores sinais de depressão. Alguns, com passagens em clínicas ou sanatórios para doentes mentais. Ainda assim, através da ajuda que permitiram a si mesmos, aproveitaram a boa acolhida dos benfeitores da casa, esforçaram-se no estudo edificante, na prece, na meditação, absorveram confiantes as energias revitalizadoras do passe e puderam "sentir a paz" proveniente dos bons espíritos que os assistem em nome de Deus.
Assim, uma vez reequilibrados, integraram-se no serviço de auxílio aos semelhantes, encaixaram-se nos trabalhos assistenciais e espirituais da casa mudando, conseqüentemente, a sintonia mental-emocional antes adotada para uma outra elevada e moralizada.
Isto é um fato muito comum não apenas no meio espírita e passível de comprovação.
Portanto, para superar a depressão é necessário mudar a sintonia espiritual. Como os bons espíritos que nos assistem não fazem outra coisa a não ser o bem, é imprescindível que, de nossa parte, aprendamos também a fazê-lo, o que, certamente, assegurará sua proteção e a possibilidade do desabrochamento seguro de nossas potencialidades latentes como filhos de Deus.Obras consultadas:
O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec, tradução de J. Herculano Pires, EME Editora
O Livro dos Médiuns, de Allan Kardec, tradução de Guillon Ribeiro, FEB
A Obsessão, de Allan Kardec, tradução de Wallace Leal Rodrigues, Editora O Clarim
Depressão, Cura-te a ti Mesmo, de Salvador Gentile, IDE

Website:Conciência Espírita

22/10/2013

A Empatia Comunica o Amor


 

Todos nós, pais, amamos nossos filhos e queremos o melhor do mundo para eles.
Temos essa certeza dentro de nós e só Deus sabe o que somos capazes de fazer, de passar, de suportar, por amor aos nossos pequenos.
Mas será que estamos comunicando esse amor de forma correta? Ou melhor: será que nossos filhos sentem que os amamos tanto assim?
Ah, mas eu digo sempre!
Entretanto, será essa formapuramente verbalsuficiente e a única existente?
Vamos descobrir que não, e mais, que podemos amar nossos filhos, sim, mas que podemos não estar comunicando esse sentir de forma adequada a eles.
São muitas as formas de demonstrá-lo, e uma delas, de suprema importância, é a empatia.A empatia comunica o amor.
A empatia estimula a proximidade terna, a intimidade e elimina a solidão.
Assim como a empatia aproxima seu filho de você, também aproxima você dele. Quando nos colocamos no lugar de outra pessoa, quando realmente conseguimos captar o seu ponto de vista, repentinamente acontece algo: o comportamento dessa pessoa passa a ter sentido.
Vejamos um exemplo simples, mas significativo:
Karen, uma menina de três anos, fica com medo do barulho supersônico de um avião e corre chorando para a mãe.
Na reação típica, a mãe diz: Ora, minha filha, é apenas um barulho supersônico feito por um avião. Você não precisa ter medo.
Essa tentativa de tranquilizar a criança diz, em essência: Não tenha esse sentimento de medo. Não há necessidade de ter medo do barulho de aviões.
Evidentemente, a mãe tenta acabar com o medo por meio de uma explicação lógica. Mas os barulhos muito fortes são realmente assustadores para crianças pequenas, qualquer que seja a sua causa.
A lógica acaba com a empatia, nesse caso. E Karen não se sente compreendida. As explicações são mais úteis depois dese ter lidado com os sentimentos.
No momento dos sentimentos fortes, a primeira necessidade é de compreensão. As explicações podem ficar para depois.
Na reação empática, temos: a mãe de Karen abraça a filha e falaMeu Deus, foi um barulhão. É terrível!
Nesse breve momento, a mãe de Karen entra no mundo atemorizado da filha e mostra que a compreende.
A resposta empática diz a Karen: Mamãe está comigo. Ela sabe como me sinto.
Quando a criança sabe que seu medo é compreendido, ela é mais capaz de ouvir a razão lógica para a causa do medo.
A empatia é ouvir com o coração e não com a cabeça. Se a resposta empática é dita em tom frio, neutro, a criança não se sente compreendida.
Possivelmente, já devemos ter relatado uma experiência a outra pessoa, que nos respondeu assim: É... deve ter sido difícil para você...
Nós sabemos quando esse dizer é verdadeiro ou apenas pro forma. Quando ele é verdadeiro,nós nos sentimos compreendidos e não há nada melhor do que se sentir assim, não é?
Precisamos, como pais, mergulhar com mais frequência, no mundo dos sentimentos de nossos filhos. Só assim eles se sentirão amados. Só assim eles irão se sentir amparados.
Isso é ser companheiro de uma vida! Isso é amar! A empatia comunica o amor.
 
Redação do Momento Espírita,com base no cap.12, do livroAutoestima de seu filho,de Dorothy Corkille Briggs, ed. Martins Fontes.Em 14.10.2013.

24/08/2013

Uma Visita de Amor


 
As três crianças chegaram ao anoitecer. Tristes, traziam nos semblantes as dores choradas por horas.
De mãos dadas, adentraram o que lhes seria, a partir de então, o novo lar.
          A mãe havia partido no dia anterior, no rumo do Mundo Espiritual.
O Diretor da Instituição as recebeu e tentou acarinhá-las, desejoso de compensar-lhes o aconchego perdido.
Porque estivessem tomadas todas as camas, ele cedeu a sua para que as três pudessem dormir, naquela noite.
Ele próprio se acomodou, de forma improvisada, no mesmo quarto.
Adormeceram as crianças, abraçadas, num intuito de uma a outra darem proteção.
Na madrugada, algo despertou aquele homem. Abriu os olhos e percebeu um grande clarão próximo à cama dos pequenos.
Tentou erguer-se mas não conseguiu. Uma forma feminina, no meio da luz intensa, lhe disse: Não se mexa. Fique aí. As crianças estão bem.
E deteve-se, especialmente, ao lado do menor dos garotos. O mais desalentado daquele trio.
Durante algum tempo ali permaneceu. E o Diretor, cansado, acabou por adormecer outra vez.
Quando a manhã sorriu, entrando jovial pela janela, ele despertou os meninos.
Enquanto auxiliava o menorzinho a se vestir, percebeu que ele estava muito quieto. Depois, em certo momento, perguntou:
Senhor, minha mãe veio me visitar ontem à noite. O senhor viu?
O Diretor aconchegou a si o pequeno e consentiu:
Sim, meu filho. Eu vi.
                                             *   *   *
A morte não destrói os afetos, nem os relacionamentos.
Os que abandonam o corpo prosseguem, de onde se encontram, a velar pelos que permanecem na Terra.
Amores profundos se perpetuam e onde quer que haja um coração dorido de saudade, o ausente amado se faz presente.
Ninguém está só, no mundo, embora a pobreza dos sentidos nem sempre nos permita o registro dos amados.
Contudo, quando à mente nos assoma a imagem de quem realizou a grande viagem; quando a lembrança dos amores, repentinamente, nos emociona; quando a saudade embala recordações... acreditemos: os amores estão próximos.
São suas presenças que acionam nossos registros mentais e motivam esses quadros doces e acalentadores.
Quando isso ocorrer com você, feche os olhos, sinta o perfume do amor beijar-lhe a face, e agradeça a Deus pela dádiva do reencontro.
Depois, amenizada a saudade, enxugue o pranto, sorria e prossiga nas lutas, aguardando no tempo o reencontro definitivo, quando as sombras da morte igualmente o abraçarem.
 
 Redação do Momento Espírita, com história do cap. A visita da mãe a um órfão, do livro O estranho e o extraordinário, de Charles Berlitz, ed.Best Seller.
Em 29.7.2013

17/05/2013

Mensagem de Bezerra de Menezes aos Espíritas


Trecho da mensagem de Bezerra de Menezes, recebida psicofonicamente por Divaldo Franco, no encerramento do Congresso  Internacional de Espiritismo, realizado em Brasília, em outubro de 1989. 



“Mas a vós, espíritas, que ouvistes a palavra da Revelação; a vós vos cabe levar por toda parte as notícias do Reino de Deus, expandindo-as por todos os rincões da Terra. Não mais amanhã ou posteriormente. Agora tendes o compromisso de acender na escuridão que domina o Mundo, as estrelas luminíferas do Evangelho de Jesus. O Espiritismo é a Ciência que inquire, investigando e confirmando a imortalidade. É a Filosofia que equaciona os enigmas do comportamento humano. Mas é a Religião, amor que nos une como verdadeiros irmãos, sem distinção de raça, de fronteiras, de posição  
social, eliminando tudo aquilo que separa os homens. 
Jesus é o mesmo hoje, como o era há dois mil anos.  Restaurado na palavra consoladora da Doutrina Espírita. Ele nos conclama  à união dos corações para a unificação dos postulados em torno do ideal da verdade. 
Não creais que o vosso compromisso com a vida seja uma viagem agradável ao país da fantasia, ou uma excursão ao oásis do prazer. Propuseste-vos à obra de edificação do bem, abristes os braços para que o amor se expanda em um hino de solidariedade universal, pesquisastes para possuirdes a certeza, elucidastes enigmas para que não paire dúvida. Agora é ação. (...)”

29/03/2013

Laços de Família






"Não são os da consanguinidade os verdadeiros laços de família e sim os da simpatia e da comunhão de idéias, os quais prendem os Espíritos antes, durante e depois de suas encarnações. Segue-se que dois seres nascidos de pais diferentes podem ser mais irmãos pelo Espírito, do que se o fossem pelo sangue. Podem então atrair-se, buscar-se, sentir prazer quando juntos, ao passo que dois irmãos consanguíneos podem repelir-se, conforme se observa todos os dias: problema moral que só o Espiritismo podia resolver pela pluralidade das existências."
E.S.E. c.XIV it. 8 - Allan Kardec


23/03/2013

Família


O termo “família” é derivado do latim “famulus”, que significa “servo”. Demonstrando, assim, que em família devemos servir uns aos outros. Nos bancos escolares aprendemos que a família é a célula mater da sociedade, o elemento fundamental para que possamos viver em harmonia e progredirmos. Infelizmente nota-se que muitas destas células estão enfermas.

A Doutrina Espírita a considera a família como instrumento do “progresso na marcha da humanidade” e sua abolição traria sérias conseqüências como “uma recrudescência do egoísmo” e “uma regressão à vida dos animais”. Como bem explicado nas questões 695, 696 e 775 de O Livro dos Espíritos.
É no ambiente familiar que aprendemos sobre:

- O respeito as autoridades personificado na figura dos pais, mais especificamente na figura paterna como dizem os especialistas.

- Em família aprendemos sobre o amor – a exemplo de um jogo de xadrez, quando a Rainha é sacrificada em favor do todo, muitas vezes a mãe deixa de suprir as próprias necessidades, não se importando consigo mesma em benefício de um filho, num constante processo de doação e amor. Quão poucos conseguem perceber esta atitude tão nobre e digna de uma verdadeira Rainha.

- É na família que aprendemos o respeito ao próximo na convivência com os irmãos. Compreendendo quais são os nossos limites.

- Aprendemos sobre o respeito aos mais velhos, na figura dos nossos queridos avós que, muitas vezes cansados pelas tribulações da vida, mas com a sabedoria adquirida, sempre tem uma palavra consoladora trazendo o alento ao nosso coração.

- Aprendemos, ainda, sobre não sermos egoístas, uma vez que devemos compartilhar o que possuímos com todos os membros desta célula.

- É ali que se exercita a cooperação. Afinal, como a família é uma comunidade, há necessidade de ajuda mútua.

- É na família que se aprende a transformar o fel das dificuldades, as amarguras das incompreensões no doce néctar das atenções, do entendimento e da compaixão.

- Se por um lado encontramos no ambiente familiar alguns desafetos nos oferecendo a oportunidade de estabelecer a simpatia, os afetos são os sustentáculos em todos os momentos.
- Quando a família enfrenta as dificuldades com união, cresce e supera problemas considerados insolúveis.

Certa vez Jesus estava no meio da multidão ensinando a sua doutrina de amor, quando lhe informaram que sua mãe e seus irmãos o chamavam, o que ele respondeu: “Quem é minha mãe e quem são meus irmãos? E, olhando para os que estavam assentados ao seu derredor, disse: Eis aqui minha mãe e meus irmãos; pois, todo aquele que faz a vontade de Deus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe”.
Ensinando naquele momento, que a família transcende os laços consangüíneos.


FONTES
O Evangelho Segundo o Espiritismo, O Livro dos Espíritos, Site Momento Espírita, publicação de 13/08/2008, 10/08/2009, 21/07/2010


19/03/2013


                                           O LIVRO DOS ESPÍRITOS


A primeira obra publicada por Kardec é, na essência, um tratado de perguntas e respostas de caráter filosófico. Em 1019 itens, o Codificador apresenta os princípios basilares da Doutrina que, posteriormente, serão desenvolvidos nos outros livros.

Na primeira parte do Livro, o autor estuda as causas primárias, Deus, o espírito e a matéria. Traça considerações a respeito do princípio vital e da criação.

Na parte segunda, Kardec vai dissecar em profundidade o Mundo dos Espíritos; a encarnação, a desencarnação, a missão e ocupação dos Espíritos, bem como seu inter-relacionamento com os homens.

A terceira parte tem um caráter eminentemente moral, pois Kardec vai examinar a Lei Natural, subdividida em dez Leis Morais que regem as relações humanas: Adoração, Trabalho, Reprodução, Conservação, Destruição, Sociedade, Progresso, Igualdade, Liberdade e Justiça, Amor e Caridade.
Na última parte, o codificador se preocupa com as Esperanças e Consolações, introduzindo a sonda de suas investigações na complexa Lei de Causa e Efeito.


               

26/02/2013

O que posso ou o que quero?





...Em reunião mediúnica, logo nos primeiros tempos de minha participação na diretoria do Centro Espírita Amor e Caridade, na década de 50, século passado, o presidente da Instituição pediu ajuda aos mentores espirituais para resolver problemas existentes na sustentação dos serviços filantrópicos e doutrinários ali existentes. Para minha surpresa, o mentor que se manifestou disse:  O grande problema é que vocês fazem o que querem; não fazem o que podem. Se o fizessem, realizariam prodígios em suas atividades, superando todas as dificuldades.

Foi uma das lições mais incisivas e importantes que recebi da Espiritualidade. Raros não se enquadram, porquanto as pessoas pouco investem na aquisição das riquezas “que as traças e a ferrugem não corroem, nem os ladrões roubam”, como ensinava Jesus. Estão representadas, em boa parte, pelos valores espirituais que adquirimos quando nos dispomos a servir, participando de iniciativas que visam o bem do próximo.
Vejo voluntários na Casa Espírita que desenvolvem determinada atividade em duas horas semanais, o que representa apenas 1,19% das 168 horas que compõem o ciclo de sete dias. Alegam falta de tempo, sem considerar que tempo é uma questão de preferência. A propósito, segundo levantamento do Ibope, o brasileiro vê televisão por cinco horas e meia, em média, diariamente, o que representa 22,91% da semana.

E você sabe, leitor amigo, que nossa televisão não é das mais edificantes, principalmente as novelas que ocupam boa parte dessa audiência, a exaltarem o adultério, o sexo promíscuo, a desonestidade, a mentira, a dissolução dos costumes, tomados como padrão de comportamento pelos incautos. Isso sem falar dos programas do tipo Reality Show, de uma indigência intelectual e moral assustadora. Quanto tempo perdido, mal usado, comprometedor, não apenas para os que fazem tais programas, mas também para os telespectadores que recebem estímulos nada edificantes a inspirá-los negativamente!
Hoje, talvez mais do que ontem, repercute como expressão da realidade a observação de Jesus: “A seara é realmente grande, mas poucos são os ceifeiros”. A seara tem o tamanho do mundo, com muito serviço em favor dos sofredores de todos os matizes, mas poucos são os que se dispõem a arregaçar as mangas, entregando-se ao serviço. E os que o fazem não raro limitam-se aos míseros 1,19%. Fazem o que querem, sem fazer o muito que podem.
Geralmente imaginamos que as regiões umbralinas, o purgatório descrito por  André Luiz, são habitadas por Espíritos que praticaram o mal na Terra, comprometendo-se no crime, na desonestidade, no vício... No entanto, basta observar com atenção, principalmente no testemunho de Espíritos que se manifestam nas reuniões mediúnicas, que a população dos sofredores no Umbral é formada, em grande parte, pelos indiferentes, que não acharam tempo nem disposição para o empenho do Bem, para a vinculação a obras filantrópicas.
Lá anda também o pessoal dos 1,19%, de tão reduzido combustível adquirido na lavoura do bem, que não foi suficiente para sustentar bruxuleante vela que lhes possibilitasse encontrar o caminho de saída na escuridão umbralina. É disso que nos fala André Luiz, quando adverte, no livro Nosso lar, psicografia de Chico Xavier: Ó amigos da Terra, quantos de vós podereis evitar o caminho da amargura com o preparo dos campos interiores do coração?  Acendei vossas luzes antes de atravessar a grande sombra. Buscai a verdade antes que a verdade vos surpreenda. Suai agora para não chorardes depois.

Seria conveniente avaliar periodicamente a utilização de nosso tempo, perguntando, conforme a observação do mentor espiritual:  No investimento em favor do tesouro que as traças e a ferrugem não corroem nem os ladrões roubam, estou fazendo o que posso ou tão somente o que quero?
(Reformador de Fevereiro de 2013 – Richard Simonetti)