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07/12/2013

Um Panorama Espiritual da Depressão


A depressão é uma doença da alma. Sendo assim, infelizmente, a ciência materialista pouco pode fazer a não ser minimizar os sintomas do doente para que este possa conviver socialmente. Com isso, o máximo que ela consegue é limitar-lhe a capacidade mental e volitiva, afetiva e de memória.
Estima-se que 20% da população do planeta sofre deste terrível mal. Dados levantados por pesquisadores indicam que a depressão é a segunda maior causa de ausência no trabalho e metade dos deprimidos param de trabalhar e ter uma vida social. Normalmente, é catalogada pela medicina como uma enfermidade cujo tratamento é para a vida inteira, com 50% de chances de recaída.
A pior conseqüência da doença é o suicídio, uma vez que 15% desses nossos irmãos cometem este ato extremo.
Os principais sintomas são: insônia, tristeza persistente, desânimo, alteração do apetite, falta de energia, baixa produtividade, perda de prazer. Persistindo esses sintomas por mais de duas semanas significa que o indivíduo encontra-se em estado de crise.
Influências espirituais:
O espiritismo, que define o Espírito como a essência do próprio ser, explica a depressão como uma doença espiritual, uma fase avançada do processo obsessivo, resultante do assédio persistente de espíritos inferiores sobre a mente do homem e dos que o circundam. Portanto, quem não acredita no Espírito, ou ainda, pouco conhecimento tem sobre sua natureza, não está em condições de conhecer-lhe a causa e muito menos de tratá-la.
A verdade é que todos os seres humanos possuem uma certa sensibilidade mediúnica, ou seja, uma determinada e variável predisposição orgânica em ser "suscetível" ao mundo espiritual que o circunda. Essa suscetibilidade ocorre em nível mental-emocional, de inteligência para inteligência, em que predomina a lei de sintonia. O teor do pensamento determina o tipo da sintonia que estabelecemos, consciente ou inconscientemente, com homens ou espíritos.
A maioria das depressões nascem de um processo obsessivo, normalmente decorrente de uma fraqueza moral que abre campo para espíritos malfazejos e mal intencionados que passam a impor sua vontade sobre a vontade do deprimido.
Os espíritos ainda arraigados à materialidade precisam de alimento energético. Como ninguém gosta de cogitar sobre isso, ainda mais fácil se lhes torna o assédio.
O aflorar da mediunidade:
Desde o tempo de Allan Kardec os bons espíritos afirmam que, independentemente de crer ou não crer, a humanidade está alcançando um patamar evolutivo em que a torna mais sensível ao contato com os campos espirituais circunvizinhos à Terra. Estamos esbarrando no mundo espiritual e ainda não percebemos isso.
Ora, como é a sintonia que determina o tipo de contato com as inteligências das dimensões espirituais, para que se supere a depressão é necessário que o doente mude a sintonia que vem sustentando.
Interferências espirituais nocivas:
Os efeitos da obsessão instalada são óbvios: o próprio doente sente-se confuso em identificar a própria personalidade. Seus pensamentos tornam-se confusos e contraditórios, o que lhe gera insegurança e medo. Num quadro mais agravado observa-se a fraqueza crescente, que é a perda de energia vital. Por isso, em muitos casos, o deprimido sente fortes dores no estômago (perda de energia pelo plexo solar).
Todas as pessoas viciadas, por exemplo, são médiuns conscientes ou inconscientes.
As interferências espirituais nocivas, causadas pela presença atuante de espíritos malfazejos, nada mais fazem do que dinamizar a inconsistência moral sustentada imprudentemente pelo deprimido.
A porta da alma se abre pelo lado de dentro:
Quem trabalha efetivamente na doutrina espírita e atua num centro bem orientado sabe que é perfeitamente possível libertar-se, em breve tempo, do terrível flagelo que é a depressão.
De acordo com os Evangelhos, Jesus, o divino Mestre, outra coisa não fazia senão redirecionar a sintonia de inúmeros doentes do corpo e da alma para as esferas superiores do sentimento, com isso, curou inúmeros "endemoninhados" e "lunáticos".
É dele a máxima preventiva: "Vigiai e orai!"
O que a vítima da depressão precisa compreender e assimilar é o fato de que ninguém pode abrir a porta de nossa alma, mesmo que force, porque a fechadura está do lado de dentro. Somente nós mesmos podemos abrir a porta para aquilo que nos convêm.
Educando a sensibilidade:
Uma das sustentações doutrinárias do espiritismo é fazer com que o ser humano se esforce para não entrar em sintonia com as faixas inferiores da vida. Ao contrário, sintonizar-se com as faixas superiores.
Para isso é fundamental aprender a discernir o próprio pensamento do pensamento invasor. Fatores que aborrecem devem ser vencidos. Trata-se de lutar ou se entregar, forçar resistência ao aparentemente irresistível componente depressivo. Reconhecer a própria força de vontade -normalmente, subjugada pela vontade do agente perturbador- e novamente fortalecê-la.
Pedir auxílio ao Criador é o segredo. Assumir, com humildade e confiança, a condição de necessitados espirituais que somos, reconhecendo o poder soberano da luz divina que nos abençoa constantemente e, para a qual estamos temporariamente impermeáveis, em função de nosso arbitrário acrisolamento na dor.
Não aceitar a tristeza em hipótese alguma. Nem a mágoa, nem a autopiedade, nem a busca de isolamento ou de fuga excessivas.
A depressão cessa com a mudança da sintonia espiritual:
Muitos médiuns que hoje militam com segurança nas casas espíritas, equilibrados e sem alarde na mediunidade com Jesus, chegaram sob os mais constrangedores sinais de depressão. Alguns, com passagens em clínicas ou sanatórios para doentes mentais. Ainda assim, através da ajuda que permitiram a si mesmos, aproveitaram a boa acolhida dos benfeitores da casa, esforçaram-se no estudo edificante, na prece, na meditação, absorveram confiantes as energias revitalizadoras do passe e puderam "sentir a paz" proveniente dos bons espíritos que os assistem em nome de Deus.
Assim, uma vez reequilibrados, integraram-se no serviço de auxílio aos semelhantes, encaixaram-se nos trabalhos assistenciais e espirituais da casa mudando, conseqüentemente, a sintonia mental-emocional antes adotada para uma outra elevada e moralizada.
Isto é um fato muito comum não apenas no meio espírita e passível de comprovação.
Portanto, para superar a depressão é necessário mudar a sintonia espiritual. Como os bons espíritos que nos assistem não fazem outra coisa a não ser o bem, é imprescindível que, de nossa parte, aprendamos também a fazê-lo, o que, certamente, assegurará sua proteção e a possibilidade do desabrochamento seguro de nossas potencialidades latentes como filhos de Deus.Obras consultadas:
O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec, tradução de J. Herculano Pires, EME Editora
O Livro dos Médiuns, de Allan Kardec, tradução de Guillon Ribeiro, FEB
A Obsessão, de Allan Kardec, tradução de Wallace Leal Rodrigues, Editora O Clarim
Depressão, Cura-te a ti Mesmo, de Salvador Gentile, IDE

Website:Conciência Espírita

27/08/2012

O vencedor




Quem acha que perder é ser menor na vida...
 
Quem sempre quer vitória e perde a glória de chorar...
 
Eu... Que já não quero mais... Ser um vencedor.
 
Levo a vida devagar... Pra não faltar amor.
 
A letra da música popular é de extrema beleza e profundidade.
 
No mundo da vitória a qualquer custo, dos vencedores de berço e coisa e tal, é necessário pensar um pouco sobre tudo isso.
 
Todos queremos vencer, é certo. A natureza nos impulsiona para as vitórias sempre, para o crescimento contínuo e inevitável.
 
Porém, no entendimento humano da palavra vencer, e em quem julgamos serem vencedores é que está a questão fundamental.
 
Adianta vencer profissionalmente, ter sucesso e fama, se nos falta amor?
 
Adianta ser considerado um vencedor do esporte, na carreira, na arte, se, como pais, cônjuges, filhos, irmãos, somos verdadeiros derrotados?
 
Vale a pena vencer a qualquer custo? Esse não seria um comportamento deveras imediatista, sem considerar a vida como um todo, incluindo sua continuidade além-túmulo?
 
Será que vencedores são apenas aqueles que conseguem - neste país de tantas dificuldades - concluir um ensino superior?
 
Será esse nosso único critério de vitória? A formação intelectual, as conquistas profissionais e as riquezas acumuladas?
 
Seria certamente uma vitória muito pobre...
 
Criar um vencedor no lar, na pessoa de um filho, não é apenas lhe dar as oportunidades da formação intelectual.
 
Criar um vencedor é criar um homem de bem, que saiba valorizar o amor e os relacionamentos saudáveis acima de tudo.
 
Criar um vencedor é ensiná-lo a perder, e lidar com as derrotas da vida, procurando extrair delas sempre lição preciosa de engrandecimento moral.
 
Aparentes derrotas são preparações fundamentais para que as grandes vitórias sejam possíveis.
 
Por isso, levar uma vida devagar, pode significar dar mais atenção à família, pode significar dar-se mais aos outros.
 
Na vida de quem não falta amor, há sempre muitas, e inesquecíveis vitórias.
 
* * *
 
Venci... O mundo, a mim mesmo... A minha falta de visão clara sobre as coisas.
 
Venci a vontade de querer mais... Troquei pela vontade se "ser" mais.
 
Venci a inércia, a vontade de não ter vontade, e me arremessei ao mundo, de braços abertos, sem esperar nada das pessoas e nem de mim.
 
Não sou vencedor aos olhos do mundo. Minha vitória é secreta, quieta, segura... É minha.
 
Amo mais a cada dia, e cada dia me ama mais.
 
Vivo um amor plenamente correspondido com a vida.
 
Venci, sim, a mim mesmo. Minha consciência me aplaude, mas ao mesmo tempo me diz: muitas vitórias ainda te aguardam.
 

Redação do Momento Espírita com base em trecho da música O vencedor, de Marcelo Camelo, e em poema de autor desconhecido.

27/03/2012

ABRA A GELADEIRA


Tem gente que pensa que a vida tudo faz contra nós. É o contrário: a vida tudo faz a nosso favor; tudo conspira a nosso favor e a felicidade só não se concretiza porque não entendemos as mensagens que a vida envia diariamente.

Aquele homem estava diante de uma pia lotada de pratos, talheres e panelas para lavar. Confabulava consigo próprio, contrariado, e perguntando mentalmente porque enviuvara. Por que a esposa o deixara tão cedo? Agora ele estava ali, arrumando cozinha, com cinco filhos pequenos para cuidar, sentindo-se pressionado com a quantidade de afazeres domésticos e o barulho ensurdecedor das crianças.

E, ao mesmo tempo, perguntava-se como era possível a uma mulher dar conta de tanto serviço: era o almoço, as roupas para lavar e passar, a casa por limpar, a educação dos filhos, os afazeres da escola de cada um, sem contar a atenção ao marido, aos filhos, etc. E como se sentiriam em relação a si mesmas?

Porém, estava contrariado. O filho menor o indagava o tempo todo onde estava o outro irmão. Eles brincavam de esconde-esconde e a todo momento o filho lhe perguntava onde o irmão teria se escondido. Mas, a irritação do pai tornava a pergunta repetida, insuportável.

Nesta pressão toda, toca a campanhia. Ele vai atender e depara-se com um mendigo, que lhe pede um prato de comida. Ele diz não ter comida. O mendigo insiste que deve haver algo na geladeira. Sua irritação vai ao extremo diante daquilo que ele julga uma petulância: um mendigo insistir por um prato de comida da geladeira. Com isso descarrega-lhe todo seu nervosismo, indagando quem ele pensa que é para lhe ordenar tal coisa.

O mendigo, então, explica que sua esposa (e pergunta por ela, sendo esclarecido sobre a morte da esposa) sempre lhe atendera com carinho e que sempre buscava na geladeira algo para lhe oferecer. Ele não tinha residência e todo mês passava por ali, detalhando o atendimento da esposa para com ele. E insiste pedindo que abra a geladeira. Ele, muito nervoso e afirmando não haver nada na geladeira, resolve por ir abrir a geladeira para mostrar ao intruso que nada havia a lhe servir.

No momento em que abre a geladeira, dá um grito. O filho pequeno estava lá, escondido na geladeira. Abriu, entrou e fechou por dentro. Porém, não conseguia abrir...

Foi aquela correria até o hospital, acompanhado pelo mendigo. O médico atendente afirma, então, que o garoto foi salvo por segundos...

Somente aí ele pode compreender a vinda do mendigo até sua casa exatamente naquela hora. E como o gesto de sua esposa repercutiu em favor do filho.

A vida estava a seu favor. A morte da esposa ou do marido é um fato a que todos estamos sujeitos. Porém, é preciso considerar as aparentes contrariedades nada mais são que providências a nosso favor.

Quantas pessoas não se livram de acidentes ou dissabores diante de um fato inesperado que lhes impede de prosseguir viagem ou tomar determinadas iniciativas. Isto é simplesmente a vida agindo pela nossa segurança e proteção.

Portanto, cabe prestar atenção nos detalhes. Prestar atenção nos acontecimentos à nossa volta, para entender que muitos deles estão sinalizando simplesmente a proteção que precisamos, embora se apresentem com aparência de tribulação, dificuldade ou algo que encaremos contra nós.

Este relato foi contado por Divaldo Franco em palestra proferida em Santo André-SP, em setembro de 2002, e julgamos oportuno trazê-lo aos nossos leitores.