29/03/2013

Laços de Família






"Não são os da consanguinidade os verdadeiros laços de família e sim os da simpatia e da comunhão de idéias, os quais prendem os Espíritos antes, durante e depois de suas encarnações. Segue-se que dois seres nascidos de pais diferentes podem ser mais irmãos pelo Espírito, do que se o fossem pelo sangue. Podem então atrair-se, buscar-se, sentir prazer quando juntos, ao passo que dois irmãos consanguíneos podem repelir-se, conforme se observa todos os dias: problema moral que só o Espiritismo podia resolver pela pluralidade das existências."
E.S.E. c.XIV it. 8 - Allan Kardec


23/03/2013

Família


O termo “família” é derivado do latim “famulus”, que significa “servo”. Demonstrando, assim, que em família devemos servir uns aos outros. Nos bancos escolares aprendemos que a família é a célula mater da sociedade, o elemento fundamental para que possamos viver em harmonia e progredirmos. Infelizmente nota-se que muitas destas células estão enfermas.

A Doutrina Espírita a considera a família como instrumento do “progresso na marcha da humanidade” e sua abolição traria sérias conseqüências como “uma recrudescência do egoísmo” e “uma regressão à vida dos animais”. Como bem explicado nas questões 695, 696 e 775 de O Livro dos Espíritos.
É no ambiente familiar que aprendemos sobre:

- O respeito as autoridades personificado na figura dos pais, mais especificamente na figura paterna como dizem os especialistas.

- Em família aprendemos sobre o amor – a exemplo de um jogo de xadrez, quando a Rainha é sacrificada em favor do todo, muitas vezes a mãe deixa de suprir as próprias necessidades, não se importando consigo mesma em benefício de um filho, num constante processo de doação e amor. Quão poucos conseguem perceber esta atitude tão nobre e digna de uma verdadeira Rainha.

- É na família que aprendemos o respeito ao próximo na convivência com os irmãos. Compreendendo quais são os nossos limites.

- Aprendemos sobre o respeito aos mais velhos, na figura dos nossos queridos avós que, muitas vezes cansados pelas tribulações da vida, mas com a sabedoria adquirida, sempre tem uma palavra consoladora trazendo o alento ao nosso coração.

- Aprendemos, ainda, sobre não sermos egoístas, uma vez que devemos compartilhar o que possuímos com todos os membros desta célula.

- É ali que se exercita a cooperação. Afinal, como a família é uma comunidade, há necessidade de ajuda mútua.

- É na família que se aprende a transformar o fel das dificuldades, as amarguras das incompreensões no doce néctar das atenções, do entendimento e da compaixão.

- Se por um lado encontramos no ambiente familiar alguns desafetos nos oferecendo a oportunidade de estabelecer a simpatia, os afetos são os sustentáculos em todos os momentos.
- Quando a família enfrenta as dificuldades com união, cresce e supera problemas considerados insolúveis.

Certa vez Jesus estava no meio da multidão ensinando a sua doutrina de amor, quando lhe informaram que sua mãe e seus irmãos o chamavam, o que ele respondeu: “Quem é minha mãe e quem são meus irmãos? E, olhando para os que estavam assentados ao seu derredor, disse: Eis aqui minha mãe e meus irmãos; pois, todo aquele que faz a vontade de Deus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe”.
Ensinando naquele momento, que a família transcende os laços consangüíneos.


FONTES
O Evangelho Segundo o Espiritismo, O Livro dos Espíritos, Site Momento Espírita, publicação de 13/08/2008, 10/08/2009, 21/07/2010


19/03/2013


                                           O LIVRO DOS ESPÍRITOS


A primeira obra publicada por Kardec é, na essência, um tratado de perguntas e respostas de caráter filosófico. Em 1019 itens, o Codificador apresenta os princípios basilares da Doutrina que, posteriormente, serão desenvolvidos nos outros livros.

Na primeira parte do Livro, o autor estuda as causas primárias, Deus, o espírito e a matéria. Traça considerações a respeito do princípio vital e da criação.

Na parte segunda, Kardec vai dissecar em profundidade o Mundo dos Espíritos; a encarnação, a desencarnação, a missão e ocupação dos Espíritos, bem como seu inter-relacionamento com os homens.

A terceira parte tem um caráter eminentemente moral, pois Kardec vai examinar a Lei Natural, subdividida em dez Leis Morais que regem as relações humanas: Adoração, Trabalho, Reprodução, Conservação, Destruição, Sociedade, Progresso, Igualdade, Liberdade e Justiça, Amor e Caridade.
Na última parte, o codificador se preocupa com as Esperanças e Consolações, introduzindo a sonda de suas investigações na complexa Lei de Causa e Efeito.