20/04/2015

INFLUENCIAÇÕES ESPIRITUAIS SUTIS




Sempre que você experimente um estado de espírito tendente ao derrotismo, perdurado há várias horas, sem causa orgânica ou moral de destaque, avente a hipótese de uma influenciação espiritual sutil.

Seja claro consigo para auxiliar os Mentores Espirituais a socorrer você. Essa é a verdadeira ocasião de humildade, da prece, do passe.

Dentre os fatores que mais revelam essa condição da alma, incluem-se:

dificuldade de concentrar idéias em motivos otimistas;
ausência de ambiente íntimo para elevar sentimentos em oração ou concentrar-se em leitura edificante; indisposição inexplicável, tristeza sem razão aparente e pressentimentos de desastres imediatos;
aborrecimentos imanifestos por não encontrar semelhantes ou assuntos sobre quem ou o que descarregá-los;
pessimismos sub-reptícios, irritações surdas, queixas, exageros de sensibilidade e aptidão a condenar quem não tem culpa;
interpretação forçada de fatos e atitudes suas ou dos outros, que você sabe não corresponder à realidade;
hiperemotividade ou depressão raiando na iminência de pranto;
ânsia de investir-se no papel de vítima ou de tomar uma posição absurda de automartírio;
teimosia em não aceitar, para você mesmo, que haja influenciação espiritual para consigo, mas passados minutos ou horas do acontecimento, vêm-lhe a mudança de impulsos, o arrependimento, a recomposição do tom mental e, não raro, a constatação de que é tarde para desfazer o erro consumado.

São sempre acompanhamentos discretos e eventuais por parte do desencarnado e imperceptíveis ao encarnado pela finura do processo.

O Espírito pode estar tão inconsciente de seus atos que os efeitos negativos se fazem sentir como se fossem desenvolvidos pela própria pessoa.

Quando o influenciador é consciente, a ocorrência é preparada com antecedência e meticulosidade, às vezes, dias e semanas antes do sorrateiro assalto, marcado para a oportunidade de encontro em perspectiva, conversação, recebimento de carta clímax de negócio ou crise imprevista de serviço.

Não se sabe o que tem causado maior dano à Humanidade: se as obsessões espetaculares, individuais e coletivas, que todos percebem e ajudam a desfazer ou isolar, ou se essas meio-obsessões de quase obsidiados, despercebidas, contudo bem mais freqüentes, que minam as energias de uma só criatura incauta, mas influenciando o roteiro de legiões de outras.

Quantas desavenças, separações e fracassos não surgem assim?

Estude em sua existência se nessa última quinzena você não esteve em alguma circunstância com características de influenciação espiritual sutil. Estude e ajude a você mesmo.



pelo Espírito André Luiz - Do livro: Estude e Viva, Médium: Francisco Cândido Xavier.

10/04/2015

A cada mil lágrimas


 
 
Em caso de dor ponha gelo
Mude o corte do cabelo
Mude como modelo
Vá ao cinema. Dê um sorriso
Ainda que amarelo, esqueça seu cotovelo
 
Se amargo foi já ter sido
Troque já esse vestido
Troque o padrão do tecido
Saia do sério, deixe os critérios
Siga todos os sentidos
Faça fazer sentido
A cada mil lágrimas sai um milagre...
A cada mil lágrimas sai um milagre...
 
A letra da belíssima canção de Itamar Asumpção e Alice Ruiz é inspiradora.
Fala-nos de como encarar as dores do mundo com inteligência, com coragem e com estilo.
Inteligência de quem vê na dor oportunidade de mudança e aprendizado.
Coragem de quem aceita mudar.
Estilo de quem sofre e ainda consegue sorrir, chorar, sem perder a linha, sem perder o passo.
A dor chega sem aviso, de cara cruel, como um monstro invencível e desproporcional ao nosso tamanho.
Chega destruindo tudo... E tudo parece o fim.
Mas não... Descobrimos que ela ensina, orienta, cuida.
É o cinzel que esculpe, que talha, que faz o bloco amorfo de mármore se transformar em estátua, em obra de arte.
A dor é o convite à mudança de hábitos, de pensamento, de rumo, talvez.
Trocar o vestido da alma é renová-la. Mudar o padrão de seus tecidos é não permanecer preso às mesmas ideias, aos mesmos vícios.
É necessário deixar a vida fazer sentido.
Uma vida sem sentido é quase como uma escuridão. Nada se vê, nem a si próprio. Nada se encontra, pois não se sabe onde está e onde se deve chegar.
E o milagre após as lágrimas é tantas coisas!...
O milagre de se encontrar, de ver a si mesmo com suas forças e fraquezas, mas sem máscaras, sem ilusões.
O milagre de perceber que se está melhor, que as feridas cicatrizam sempre, e que ali a pele se torna mais resistente.
O milagre do recomeço, de nascer de novo, de se dar nova chance.
O milagre de descobrir os amores ao redor, e quanto prezam por nós; de descobrir aqueles que nunca nos abandonam, não importa o que aconteça.
O milagre de saber que a vida procura nos levar sempre para cima, para diante, e nunca para trás, e a dor é lei de equilíbrio e educação.
A cada mil lágrimas sai um milagre.
*   *   *
O sofrimento, muitas vezes, não é mais do que a repercussão das violações da ordem eterna cometidas.
Mas, sendo partilha de todos, deve ser considerado como necessidade de ordem geral, como agente de desenvolvimento, condição do progresso.
Todos os seres têm de, por sua vez, passar por ele. Sua ação é benfazeja para quem sabe compreendê-lo.
Mas, somente podem compreendê-lo aqueles que lhe sentiram os poderosos efeitos.
 
Redação do Momento Espírita, com base na letra da música Milágrimas, de Itamar Assumpção e Alice Ruiz e pensamentos finais extraídos do cap XXVI  do livroO problema do ser, do destino e da dor, de Léon Denis, ed. Feb.
Em 8.4.2015.