17/12/2010

Qual Significado do Natal para nós Espíritas?!

Qual é o significado do Natal para nós, espíritas?

Será que não deveríamos analisar o que entendemos sobre o Natal?

Primeiramente, é a comemoração do aniversário de Jesus Cristo, já que se convencionou ser o dia do Seu nascimento.

Se existe um aniversariante, será que o correto não seria que a comemoração fosse de acordo com Aquele que está aniversariando?

Como nós nos dirigiríamos ao Mestre para parabenizá-Lo quanto ao Seu aniversário?

Ao nos lembrarmos de Seus ensinamentos, logo decidiríamos sobre o que agradaria a Jesus.

Como Ele nos ensinou a amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos, já poderíamos começar entendendo que estaremos amando a Deus quando estivermos amando aos Seus filhos, que são o nosso próximo.

Portanto, não haveria melhor comemoração que a de levar ao nosso próximo o melhor que tivermos de nós mesmos.

Existem muitas dores na face da Terra e nós ignoramos a sua grande maioria, por estarmos sempre preocupados com as nossas necessidades e com as dos nossos, esquecendo-nos de que a necessidade de quem quer que seja é problema nosso também, como poderíamos estar buscando a felicidade, se sabemos existir uma dor que podemos amenizar e não estamos nos incomodando com ela?

Será que o Cristo, nosso Irmão Maior, Governador da Terra, que nos ama infinitamente, esperaria que nós, ao nos lembrarmos Dele, deveríamos ir à compra de muitos presentes para nós mesmos e para aqueles a quem dizemos amar, e passar a noite de Natal e mais alguns dias, refestelando-nos no pasto alimentar em que nos mergulhamos?

Será que estaríamos atendendo a vontade do nosso Pai?

Ledo engano o nosso

O Natal é o momento de nos voltarmos ao nosso Mestre e a Deus, nosso Pai, para corrigirmos nossa rota de ligação com o Mais Alto, buscando no Evangelho de Jesus o rumo seguro de como devemos nos corrigir quanto às nossas mazelas espirituais e morais, e combatermos incessantemente o egoísmo que alimentamos em nós e o orgulho que extravasa de nossas imperfeições.

Nós pouco fazemos para transformar estas imperfeições em virtudes, que fariam que nos sensibilizássemos pela dor alheia, de quem quer que seja e não apenas daqueles que dizemos conhecer e que ainda somos simpáticos a elas.

E não apenas no Natal buscarmos nos ajustar aos Desígnios Divinos, mas a cada momento de nossa existência, já que, sendo espíritos eternos, a nossa evolução depende de uma mudança de valores e de clima mental, favorecendo a recomposição de nosso interior, fazendo com que enxerguemos com os olhos do espírito, e não com a visão curta da materialidade, que nos aprisiona nos vícios e nas paixões mundanas.

O Natal deveria ser para nós o renascimento a cada instante de nossas vidas, na luta pelas aquisições mais nobres do sentimento, buscando na dor do próximo a motivação de servi-lo, assim como o Cristo nos ensinou.

Portanto, quando buscarmos fazer do nosso Natal a nossa aproximação junto daqueles que sofrem, estaremos seguindo o exemplo do Mestre quando pronunciou:

"Quem é minha mãe e quem são meus irmãos" e quando Ele mesmo diz que "são aqueles que fazem a vontade do meu Pai que está nos céus".

"Revista Seareiro"

*FONTE:- TEXTO RETIRADO da "REVISTA SEAREIRO"

A "REVISTA SEAREIRO" eh um orgao divulgador do Nucleo de Estudos Espiritas "AMOR E ESPERANCA". [Diadema -SP]

Ambiente Pessoal



Livro: Alma e Coração
Emmanuel & Francisco Cândido Xavier

Surges e, onde pisas, aparece a atmosfera pessoal que te é própria. Falas e de tua palavra flui o magnetismo que te nasce do coração.

Interessamo-nos em auxiliar os outros, conforme a beneficência; entretanto, é preciso saber como auxiliar, de vez que nos oferecemos, instintivamente, naquilo que damos.

A dádiva é, obrigatoriamente, envolvida pela influência do doador.

À vista disso, analisa as reações que provocas e os pensamentos que inspiras, onde, quando e com quem te manifestas.

Qualquer estudo neste sentido pode ser efetuado sem nenhum embaraço, desde que disponhas a observar em ti mesmo os resultados da presença dos outros.

Na hora da insegurança, não estimas a conversação dos que te não compreendem; no dia da enfermidade, não te acomodas com as opiniões deprimentes dos que se envenenam com pessimismo. A voz que te impele a construir a virtude é uma benção de valor infinito, mas aquela que te censura o defeito em extinção é uma pancada mental de conseqüências imprevisíveis.

Não te omita onde as circunstâncias te aguardem o comparecimento, mas examina antes como te apresentares para que alguma atitude menos feliz de tua parte não estrague o fruto proveitoso que a tua intervenção deva produzir.

Entender primeiro, agir depois.

A necessidade exige socorro, mas, se o socorro aparece destrambelhado, a necessidade faz-se maior.

Medita na atmosfera espiritual que carregas e cultiva a serenidade, para que a serenidade te componha o ambiente. Isso não é fazer caridade calculada, nem exercer o bem sob princípios de matemática, e sim praticar em toda parte o respeito à vida pelo culto do amor.

11/12/2010

Deus contigo

Deus contigo

Procura permanecer sempre ao lado de Deus. Jamais te permitas afastar-se Dele por mais que o trabalho absorva teu tempo.

Jamais permita que influências ou pensamentos sombrios destruam teu alento.

Não te esqueças que irmãos nossos menos aclarados podem levar-te ao olvido e anteparar que entres em colóquio com o Criador.

Se estiveres distante Dele, tudo em tua vida tornar-se a mais abstruso.

Não busque Deus somente quando tua alma estiver em conflito, ou se estiveres passando por momentos constrangedores.

Ore confiante ao criador todos os dias porque não sabes quais as provas que poderão abrolhar em tua vida.

Se tudo está bem contigo, ore sempre e agradeça as dádivas redentoras.

Se estás passando por dificuldades, ore para que as portas das oportunidades se abram.

Se a enfermidade bateu em tua porta, ore buscando forças para recuperar-te e não te esqueças que a dor, é leniente da alma.

Se a morte visitou algum ente querido, ore pedindo amparo para o que partiu, e consolação para os que ainda não venceram a redentora prova da vida terrena.

Jamais te desuna de Deus, e procura compreender mesmo com as dificuldades que afrontas que Ele está sempre ao teu lado orientando-te e dando-te forças para ser um verdadeiro vencedor.

10/12/2010

Petição do Natal

Senhor Jesus!...
Ante o Natal, agradecemos
A enorme evolução que nos permites.
Iluminaste a inteligência humana
Para vitórias quase sem limites.

Nunca subimos tanto!... Num minuto,
Nações se comunicam, pólo a pólo...
O homem revolve a Terra, em toda parte,
Desde as grimpas do Espaço às entranhas do Solo.

Entretanto, Senhor,
Enquanto o carro do progresso avança,
Atropelando as multidões do mundo,
Surge a dor na carência de esperança.

Pela força dos Céus, tão alto nos elevas,
E lutamos ainda em conflitos extremos...
Concede-nos, no amor com que nos guardas,
A proteção da paz que ainda não temos.

Natal!... Ouve, Jesus, as trompas de ouro
Que te exaltam na Terra os dons divinos!...
Com o amparo de Deus, tão grandes nos fizeste!
Ensina-nos, Senhor, como ser pequeninos!...



pelo Espírito Maria Dolores - Do livro: Preito de Amor, Médium: Francisco Cândido Xavier

08/12/2010

Resignação


Fonte: www.momento.com.br
Equipe de Redação do Momento Espírita,
com base no capítulo 24 do livro ‘Leis Morais da Vida

Há virtudes difíceis de serem adquiridas e cujo exercício é pouco compreendido.

A resignação é uma delas.

As criaturas levianas nem a vêem como algo apreciável.

Presas em suas ilusões, consideram a resignação apenas falta de forças ou de coragem.

Entendem que o homem sempre deve reagir violentamente contra qualquer circunstância que contrarie seus interesses.

Pensam ser indigno aceitar com tranqüilidade um revés.

Contudo, urge reconhecer que nem sempre é possível obter-se o que se deseja.

Muitas vezes nossos sonhos mais caros não se concretizam.

Ou então nossa tranqüilidade, tão duramente conquistada, é atingida por um infortúnio.

Há dificuldades ou contrariedades que podemos vencer, mas algumas vezes a vida responde a nossos apelos com sombra e dor.

Nessas circunstâncias, alguns encontram em seu íntimo forças para resignar-se.

Em face de situações constrangedoras, dolorosas e inalteráveis, a resignação é uma atitude que apenas os bravos conseguem adotar.

Trata-se da aquiescência da razão e do coração com um regime severo imposto pela vida.

O resignado não é um covarde, mas alguém que compreende a finalidade da existência terrena.

O homem nasce na terra para evoluir, para vencer a si mesmo e amealhar virtudes.

Justamente por isso, as dificuldades apresentam-se em seu caminho.

Algumas são contornáveis e outras não.

Às vezes, somente poderíamos sair de uma situação triste, prejudicando ou magoando um semelhante.

Como ninguém conquista a própria felicidade semeando desgraças, essa opção não é legítima.

Frente a um infortúnio inevitável, é necessário acomodar a própria vontade.

Impõe-se a consideração de que Deus rege o universo e jamais se equivoca ou esquece de algo.

Já nascemos inúmeras vezes e renasceremos outras tantas.

A vida é uma escola, na qual passamos da ignorância e da barbárie à angelitude.

Conscientes de nosso papel de aprendizes, convém nos dedicarmos a fazer a lição do momento.

Talvez ela não seja a que desejaríamos, mas certamente é a mais adequada às nossas necessidades.

Se a vida nos reclama serenidade em face da dor, aquiesçamos. A rebeldia de nada nos adiantará.

A criatura rebelde perante as leis divinas apenas torna seu aprendizado lento e doloroso.

Rapidamente ela se torna cansativa para seus familiares e amigos.

Ao fazer sentir por toda parte o peso de seu amargor, infelicita os que a amam.

Resignar-se não significa desistir da luta. Implica apenas reconhecer que a luta interiorizou-se.

Quem se resigna enobrece lentamente seu íntimo, ao desenvolver novos propósitos de vida.

Tais propósitos não se resumem a um viver róseo.

Eles envolvem a percepção e a aceitação de que temos um papel a desempenhar na construção de um mundo melhor.

Esse papel pode não coincidir com nossas fantasias.

Mas é uma bênção ser um elemento do progresso, mesmo com algum sacrifício.

Outras pessoas, mirando-se em nosso exemplo, podem encontrar forças para seguir em frente.

A resignação é uma conquista do espírito que vence suas paixões e atinge a maturidade.

Ele consegue manter a alegria e o otimismo, mesmo em condições adversas.

Ao enfrentar com tranqüila dignidade seus infortúnios, prepara-se para um amanhã venturoso.


Companheiros Avante



Aos irmãos da Causa Espírita no Brasil


Servidores leais da Nova Era,
Segui, de arado às mãos, na seara imensa,
Colhendo o trigo lúcido da crença
Que conforta, restaura e regenera.

Em torno é o mundo que se desespera,
Entre as sombras da noite que se adensa;
Vós sois, porém, a doce recompensa
Do ideal torturado em longa espera.

Mensageiros da luz Imorredoura,
Sois a bênção da vida porvindoura
Na construção do templo da verdade!...

Combatei a maldade, o ódio, a guerra,
Sois com Jesus, o sal da Nova Terra,
Vanguardeiros da Nova Humanidade.



pelo Espírito Abel Gomes - Do livro: Moradas de Luz, Médium: Francisco Cândido Xavier – Espíritos Diverso

01/12/2010

Agradeçamos

Agradece ao Senhor
As mãos com que trabalhas,
O ar em que respiras,
A luz que te ilumina,
E a água em que te banhas...

És alguém que nasceu
Na escola acolhedora
Da esperança que ajuda
E da beleza excelsa,
Peregrinando em paz
Nas sendas de bondade
Que a natureza amiga,
Em nome do Senhor,
Traça divinamente
Na direção dos céus.

Aprende a servir sempre,
E a ser reconhecido
Ao Pai que te enriquece
De alegrias e dons.
Agradece! Agradece!
E terás novas portas
Descerradas e claras
Aos teus passos na fé
Para a nova ascensão...
Um coração alegre,
Aberto ao sol da graça
É jardim sublimado,
Onde a mão de Jesus
Planta as flores do bem
Para que a Terra hoje,
Amargurada e má,
Amanhã se converta
Sob a luz imortal
Do amor que nunca morre
Na casa divinal
Da eterna redenção.



pelo Espírito Rodrigues de Abreu - Do livro: Cartas do Coração, Médium: Francisco Cândido Xavier - Espíritos Diversos

O bem é incansável

Em uma de suas famosas Epístolas, Paulo de Tarso exortou seus irmãos na fé a que nunca cansassem de fazer o bem.

Ainda hoje, os homens persistem necessitados desse conselho.

É comum encontrar pessoas que se declaram cansadas de praticar o bem.

Reclamam que o proceder justo não produz os frutos desejados.

Bradam contra a ingratidão alheia.

Sustentam que os desonestos e os maus prosperam de forma indevida.

Contudo, semelhantes alegações jamais procedem de fonte pura.

Muitos se dizem amantes e praticantes do bem, mas procuram antes de mais nada satisfazer seus interesses pessoais.

Quando não conseguem atender seus propósitos egoístas, caem em um estado de tédio bem próximo do desespero.

Se amassem o bem, sem qualquer objetivo oculto, ficariam satisfeitos com a correção da própria conduta.

É indispensável muita prudência quando principiamos a cansar do bom combate.

Quando começamos a pensar nos males que nos assaltam, depois do bem que julgamos ter semeado ou nutrido.

Será que agimos corretamente na expectativa de obter privilégios da Ordem Cósmica?

Achamos que a honestidade ou o trabalho devem funcionar como anteparo às dores próprias da condição humana?

Aceitamos viver com dignidade, desde que o caminho siga sempre florido?

O aprendiz sincero do Evangelho não ignora que Jesus exerce Seu ministério de amor sem Se exaurir.

Desde o princípio da organização do planeta, o Mestre labora por todos os seus habitantes, a Ele confiados pela Divindade.

Muitos Espíritos se comprometeram com a construção do bem na Terra, mas recuaram no momento do testemunho.

Incontáveis belas promessas, feitas no plano espiritual, não se concretizaram.

Entretanto, a realização desses trabalhos e promessas funcionaria primordialmente como fator iluminativo dos próprios envolvidos.

Os demais se beneficiariam dos exemplos recebidos, mas a luz brotaria mesmo é no íntimo dos trabalhadores do bem.

Mesmo verificando os desvios e recuos de seus emissários, a paciência do Cristo jamais se esgota.

Ele segue a todos corrigindo, amando e tolerando.

Estende de forma incansável Seus braços misericordiosos e sempre faculta outras atividades renovadoras.

Assim, Jesus tem suportado e esperado através de tantos séculos.

Por que razão não podem homens falíveis experimentar, de ânimo firme, algumas pequenas decepções durante alguns dias?

A observação de Paulo a seus irmãos é justa e persiste atual.

Quem realmente ama o bem não se cansa de praticá-lo e vivê-lo.

Se nos entediamos do bom caminho, trata-se de um desastre pessoal.

Ele sinaliza que não conseguimos emergir do mal que ainda reside em nós.

Pensemos nisso.

Redação do Momento Espírita, com base no cap. 11 do livro Pão nosso, pelo Espírito Emmanuel, psicografia de Francisco Cândido Xavier, ed. Feb.