10/12/2014

Em Vigilância



Ouves a triste balada do sofrimento respingando apelos. 

Em tidas as vozes uma só voz: fome de paz. 

Este equivocou-se; aquele traiu-se; esse emaranhou-se na própria leviandade; este outro perturbou-se na ilusão; aquele outro, revoltado, investe contra si mesmo em desvario. 

A colheita é intransferível. Cada um dispõe da liberdade para semear onde, quando e como melhor lhe aprouver. 

Ninguém, porém, se eximirá a fazer a viagem de volta, recolhendo. 

Responsáveis pelos próprios feitos, estes fazem-se senhores austeros e graves, cobradores às vezes odientos e perversos, ou benfeitores amoráveis. 

Por esta razão, a vida é oportunidade que se sucede, uma após outra, favorecendo reparação. 

A cada instante podes modificar inteiramente o destino, graças à utilização boa ou má do ensejo que se te apresente em permanente convite. 

Não descoroçoes, pois, em tua lida. 

Assumiste um compromisso com Jesus. 

Não te promete Ele a Terra nem o triunfo barato que transita enganoso. 

Incita-te a uma grande violência: arrebentar as amarras das mentiras douradas, da ambição injustificável e da glória perturbadora. 

Em contrapartida, propõe-te o triunfo perene sobre as paixões que tisnam a beleza lapidar dos sentimentos, que um dia Lhe deves oferecer, neles refletindo a Sua paz. 

Nem receios, nem desconsiderações, nem o pavor que te pode induzir a uma sintonia negativa, nem a negligência que te conduza a atitude arbitrária. 

As lições conduzem uma finalidade: aprendizagem. E aprendizagem é uma experiência que deves insculpir em teu mundo íntimo a soldo de sacrifícios para a redenção; 

Policia-te. Não te permitas os sonhos utópicos ou os prazeres que te possam infelicitar no trâmite dos sorrisos iniciais para as tragédias culminativas. 

O crime passional começa entre os júbilos dos galanteios descabidos. 

O alcoolismo inveterado principia no aperitivo que, ao suceder-se, escraviza em inditosa embriaguez. 

O vício, sob qualquer aspecto em que se apresente, pode ser comparado à fagulha inocente capaz de atear incêndios terríveis. 

Sê jovial, não leviano. 

Cultiva o amor, não a vulgaridade. 

Faze-te afável, não perturbado pela emoção. 

Guarda a previdência, não a mesquinhez. 

Detém-te na vigilância, não na obstinação negativa. 

Jesus é, para todos entre nós, o exemplo. Na linha de comportamento, é o mediador. 

Equilíbrio seja o fiel das tuas aspirações. 






Autor: Joanna de Ângelis
Psicografia de Divaldo Franco. Do livro: Oferenda

04/12/2014

Calma

Se você está no ponto de estourar mentalmente, silencie alguns instantes para pensar.

Se o motivo é moléstia no próprio corpo, a intranqüilidade traz o pior.

Se a razão é enfermidade em pessoa querida, o seu desajuste é fator agravante.

Se você sofreu prejuízos materiais, a reclamação é bomba atrasada, lançando caso novo.

Se perdeu alguma afeição, a queixa tornará você uma pessoa menos simpática, junto de outros amigos.

Se deixou alguma oportunidade valiosa para trás, a inquietação é desperdício de tempo.

Se contrariedades aparecem, o ato de esbravejar afastará de você o concurso espontâneo.

Se você praticou um erro, o desespero é porta aberta a faltas maiores.

Se você não atingiu o que desejava, a impaciência fará mais larga a distância entre você e o objetivo a alcançar.

Seja qual for a dificuldade, conserve a calma, trabalhando, porque, em todo problema, a serenidade é o teto da alma, pedindo o serviço por solução.

Autor: André Luiz
Psicografia de Francisco Cândido Xavier

26/11/2014

ESPÍRITA OU KARDECISTA?


Espiritismo é uma doutrina filosófica, científica e religiosa. Espiritualismo é a crença em algo além da matéria. Muitas crenças crêem na comunicação com os espíritos (espírito santo, caboclos, etc. ), mas não são espíritas. Podemos concluir que todo espírita é espiritualista (porque crê em algo além da matéria), mas nem todo espiritualista é espírita (porque não segue os ensinamentos trazidos pelos espíritos, através de Allan Kardec) .
AFINAL, NÓS SOMOS ESPÍRITAS OU KARDECISTAS?
Nós espíritas não podemos relutar em responder quando somos inquiridos qual é a nossa religião, e jamais dizer: “EU SOU KARDECISTA.” Devemos responder: “EU SOU ESPÍRITA”. Quando respondemos "SOU KARDECISTA" estamos afirmando que o Espiritismo se divide com várias denominações, o que não é verdade. Muitos dizem, por exemplo: “alto espiritismo, espiritismo de mesa branca, linha Kardecista, Espiritismo do Bem, etc.” Mas Espiritismo é um só. Centro Espírita só os que seguem a Doutrina dos Espíritos. As outras religiões que usam o nome de "Centro Espírita" e divergem dos ensinamentos dos Espíritos que estão nas obras básicas codificadas por Kardec, não são Centros Espíritas, são Casas Espiritialistas.
Eis alguns exemplos de casas espiritualistas: "Centro Espírita Tenda Fraterna", "Centro Espírita de Umbanda Cobra Coral", etc. Tais casas deveriam mudar para "Casa Espiritualista Tenda fraterna"; "Casa Espiritualista de Umbanda Cobra Coral". Mas lembrando sempre que, todas devem ser respeitadas, principalmente quando acreditamos na nossa.
Além de tudo isso, quando dizemos "SOU KARDECISTA", estamos dizendo também que seguimos os ensinamentos de Kardec, quando na verdade seguimos os ensinamentos dos espíritos. Kardec apenas organizou os ensinamentos dos espíritos.
O Espiritismo é uma doutrina sem sacerdotes, sem dogmas, sem rituais, não adota em suas reuniões e em suas práticasqualquer tipo de paramentos ou vestes especiais (as vestes brancas devem ser as que nos cobrem o espírito e o nosso perispírito); não utilizamos sal grosso, plantas, amuletos, etc. (porque o nosso coração é nosso escudo, quando nele mora o amor); não adotamos cálice com vinho ou bebidas alcoólica (os espíritas não devem alimentar o vício do álcool nem do fumo, porque precisamos estar lúcidos para apreciar a beleza da vida); não utilizamos incenso, mirra, velas (porque são coisas materiais e nós usamos a prece para nos sustentar o espírito); não temos altares, imagens, andores, procissões, pagamento pelos trabalhos espirituais, talismãs, sacrifício animal, santinhos, administração de indulgências, confecção de horóscopos, exercício da cartomancia, quiromancia, astrologia, numerologia, cromoterapia, pagamento de promessas, despachos, riscos de cruzes e pontos, não temos curas espirituais com cortes, orações milagrosas para resolver problemas sentimentais, financeiros, etc.
COMPILAÇÃO DE RUDYMARA
Por que no Brasil se confunde Espiritismo com cultos africanistas, com terreiros e coisas assim?
Raul Teixeira responde: Isso se deve ao fato de termos um grande contingente de pessoas que desconhecem o que seja o Espiritismo e que não se interessam, nem desejam saber o que realmente ele é. Muitos espalham informações sobre o Espiritismo de acordo com o que supõem que seja, demonstrando grande dose de leviandade ou de má intenção. Ainda que o Espiritismo e, por sua vez, os espíritas, não tenham nada contra as práticas e crenças africanistas, é importante que cada coisa esteja no seu lugar, facilitando até a busca e o enquadramento das criaturas que estão procurando novas propostas de vida. Somente por meio das leituras sérias e dos estudos metódicos se conseguirá desfazer a confusão que gera tantos mal entendidos entre os espiritualismo. (sic)
(Do livro: Ante o vigor do Espiritismo - J. Raul Teixeira)

Ama Sempre

Divaldo Franco, sempre com as palavras certas e nós as lemos na hora certa!




26/10/2014

Nós e a natureza


Nossa vida neste mundo... tão breve. E agimos como visitas inconvenientes.
Exaurimos o lugar em que vivemos, revolvemos as entranhas da Terra, amontoamos toneladas de lixo, poluímos as águas, matamos as árvores, extinguimos os animais.
E agora, que as consequências da aventura humana se fazem notar, nós, que desrespeitamos a vida, tememos pelo amanhã. Encolhemo-nos assustados: Que virá?, Perguntamos.
Silêncio por resposta.
No fundo das consciências, sabemos que a razão para esse estado de coisas é que nos afastamos da natureza, passamos a nos ver separados dos demais seres.
Dividimos o mundo e abrimos um abismo entre nós e o restante da Criação.
E, no entanto, por toda parte, a vida nos revela que somos irmãos de todas as criaturas.
Em nossas veias corre sangue alimentado por minerais como ferro, potássio, manganês e zinco. Somos irmãos da terra.
Nosso corpo é constituído por mais de setenta e cinco por cento de líquido. Somos irmãos da água.
A sequência genética revela que nossos gens são semelhantes aos de ratos e outros animais. Somos irmãos – ou pelo menos primos – de todos os bichos.
As vitaminas das frutas e vegetais se integram ao nosso organismo e mantêm a vida física.
O gás carbônico que expiramos será absorvido pelos vegetais: somos irmãos das plantas e das árvores.
No interior de nossos pulmões, o oxigênio transita livre, nutrindo a vida. Somos irmãos do ar.
Nosso corpo é formado do mesmo material que estrelas, pássaros, flores e pedras. Então, ser parte da irmandade universal é muito mais do que uma bela figura simbólica.
Somos verdadeiramente parentes de tudo o que existe. Estamos integrados na Criação de Deus. Astros, plantas e nós somos uma família que está unida na grande caminhada que chamamos vida.
Essa imensa integração deveria nos servir de profunda reflexão: Será que estamos de fato agindo como irmãos dos outros seres?
Agir como irmão é zelar, cuidar, preservar. É assim também que demonstramos nosso amor a Deus: tratando com bondade, compaixão e amor a todas as coisas e seres que Ele criou.
No entanto, passamos pela vida desatentos a esses pequenos gestos. É um sinal inequívoco de que precisamos repensar atitudes egoístas.
Já não é mais tempo de desperdiçar comida, amontoar lixo desnecessariamente.
Já não mais podemos sujar fontes de água. Ou mudamos de atitude agora ou nos tornaremos uma ameaça ao futuro de nossa espécie na Terra.
O planeta está exausto e as consequências dos excessos humanos já podem ser vistas: tsunamis, furacões, efeito estufa, aquecimento global.
São sinais de alerta de que nosso mundo azul está cambaleante, abatido.
É a nossa hora de agir, de demonstrar gratidão a Deus mediante atos generosos, conscientes e responsáveis.
Assim, quando nos decidirmos afinal a cuidar do planeta que nos acolhe; quando adotarmos uma postura de responsabilidade perante o mundo em que vivemos; quando nos sentirmos tocados pela compaixão por todas as criaturas, vale a pena lembrar que não estamos fazendo favor algum: é nosso dever. Simples e básico dever.
Faça da Terra um lugar muito mais feliz. Não esqueça que nele viverão seus filhos e netos, as gerações futuras. Ou você mesmo, em uma próxima existência.
Pense nisso!
Redação do Momento Espírita.
Em 17.6.2014.

20/10/2014

Um sábado muito especial

No sábado, 18 de outubro de 2014, a casa espirita da qual faço parte, a minha segunda família, realizou mais um jantar.Realizamos jantares para que possamos angariar fundos para aquisição da nossas sede, que é alugada!

Pra mim, o melhor de todos que já fizemos.

Fizemos tudo com muito amor, muita união e muita dedicação e o resultado não podia ser putro; uma noite de alegrias, de união!

Tenho que agradecer muito por fazer parte desta família!










03/10/2014

Allan Kardec

Muitas pessoas que se interessam pelo Espiritismo manifestam muitas vezes o pesar de não possuírem senão muito imperfeito conhecimento da biografia de Allan Kardec, e de não saberem onde encontrar, sobre aquele a quem chamamos Mestre, as informações que desejariam conhecer. Pois é para honrar Allan Kardec e festejar a sua memória que nos achamos hoje reunidos, e mesmo sentimento de veneração e de reconhecimento faz vibrar todos os corações.
Em respeito ao fundador da filosofia espírita, permiti-me, no intuito de tentar corresponder a tão legítimo desejo, que vos entretenha alguns momentos com esse Mestre amado, cujos trabalhos são universalmente conhecidos e apreciados, e cuja vida íntima e laboriosa existência são apenas conjeturadas. Se fácil foi a todos os investigadores conscienciosos inteirarem-se do alto valor e do grande alcance da obra de Allan Kardec pela leitura atenta das suas produções, bem poucos puderam, pela ausência até hoje de elementos para isso, penetrar na vida do homem íntimo e seguí-lo passo a passo no desempenho da sua tarefa, tão grande, tão gloriosa e tão bem preenchida.
Não somente a biografia de Allan Kardec é pouco conhecida, senão que ainda está por ser escrita. A inveja e o ciúme semearam sobre ela os mais evidentes erros, as mais grosseiras e as mais impudentes calúnias. Vou, portanto, esforçar-me por mostrar-vos, com luz mais verdadeira, o grande iniciador de quem nos desvanecemos de ser discípulos. Todos sabeis que a nossa cidade se pode honrar, a justo título, de ter visto nascer entre seus muros esse pensador tão arrojado quão metódico, esse filósofo sábio, clarividente e profundo, esse trabalhador obstinado cujo labor sacudiu o edifício religioso do Velho Mundo e preparou os novos fundamentos que deveriam servir de base à evolução e à renovação da nossa sociedade caduca, impelindo-a para um ideal mais são, mais elevado, para um adiantamento intelectual e moral seguros.
Foi, com efeito, em Lião, que, a 3 de outubro de 1804, nasceu de antiga família lionesa, com o nome de Rivail, aquele que devia mais tarde ilustrar o nome de Allan Kardec e conquistar para ele tantos títulos à nossa profunda simpatia, ao nosso filial reconhecimento. Eis aqui a esse respeito um documento positivo e oficial: “Aos 12 do vindemiário3 do ano XIII, auto do nascimento de Denizard Hippolyte-Léon Rivail, nascido ontem às 7 horas da noite, filho de Jean Baptiste – Antoine Rivail, magistrado, juiz, e Jeanne Duhamel, sua esposa, residentes em Lião, rua Sala n° 76. “O sexo da criança foi reconhecido como masculino. “Testemunhas maiores: “Syriaque-Frédéric Dittmar, diretor do estabelecimento das águas minerais da rua Sala, e Jean-François Targe, mesma rua Sala, à requisição do médico Pierre Radamel, rua Saint-Dominique n° 78. 3 Veja-se “Reformador” de abril de 1947, pág, 85.




30/07/2014

Por que Evangelho no Lar



O Departamento de Assuntos da Família convida você a implantar a “Reunião do Evangelho no Lar”, em sua casa!
A família reunida ao fazer a oração e ligação com Jesus, estará batendo à porta e, conforme disse Jesus, “batei e abrir-se-vos-á, buscai e achareis, pedi e se vos dará”, imediatamente Mensageiros do Cristo virão ao encontro do Lar, a fim de ajudar e ensinar o caminho. A criança que aprende, desde cedo, os Ensinamentos de Deus faz-se discípulo natural do Mestre e, por sua vez formará seu lar baseado na caridade e no amor.
“…Mas, quando no lar são levantadas “paredes” espirituais com substâncias sublimes, através do amor, dedicação e ligação com Jesus, isolando o lar da atmosfera miasmática da crosta, somente entram, nesse ambiente, Espíritos autorizados, mesmo assim, aqueles que o guardam, terão de “abrir a porta”.
Neste caso, o embaixador espiritual da casa de Isabel é o próprio Isidoro, o esposo desencarnado.”
Segundo Emmanuel:
Quando os Ensinamentos do Mestre vibram entre as quatro paredes de um templo doméstico:
Os pequenos sacrifícios tecem a felicidade comum.
A observação insensata é ouvida sem revolta.
A calúnia é recebida com calma.
O erro alheio encontra compaixão.
Quando os Ensinamentos do Mestre vibram entre as quatro paredes de um templo doméstico:
Os pequenos sacrifícios tecem a felicidade comum.
A observação insensata é ouvida sem revolta.
A calúnia é recebida com calma.
O erro alheio encontra compaixão.
A maldade não encontra brecha para insinuar-se.
André Luiz explica:
“O Lar que cultiva a prece transforma-se em fortaleza, e as entidades das sombras experimentam choques de vulto, ao contato com as vibrações luminosas deste Santuário Doméstico.”
Por isso, dizemos que, quando o Evangelho é aberto em casa, a luz se faz e as trevas batem em retirada!

O EVANGELHO NO LAR PARA AS CRIANÇAS

O lar é a nossa primeira escola; nele influenciamos os outros e somos influenciados. É o lugar onde espíritos, mergulhados no esquecimento temporário, em um corpo carnal, recebem dos pais o mapa de inclinação e conduta, o qual vai dar a formação para uma nova existência.
As crianças podem (e devem) participar do Evangelho no Lar. Podem ser usados livros didáticos infantis:
Cartilha do Bem (Meimei);
A vida Fala (Néio Lúcio);
Pai Nosso (Meimei);
Alvorada Cristã (Néio Lúcio
Os Filhos do Grande Rei (Espírito de Veneranda);
Jesus no Lar (Néio Lúcio);
Coleção Conte Mais (FERGS) e outros.

COMO FAZER O EVANGELHO NO LAR:

  • PRECE INICIAL.
  • LEITURA DO EVANGELHO.
  • COMENTÁRIOS SOBRE O TEXTO LIDO.
  • VIBRAÇÕES.
  • PRECE DE ENCERRAMENTO
Ao iniciarmos o Evangelho em casa estaremos iluminando também, a estes irmãos espirituais que sempre nos acompanham, por tantos motivos.
A prece lhes chama a atenção, a leitura deixa-os curiosos…
Limpeza Espiritual:
A casa que faz o Evangelho no Lar há um mês, já tem uma luz pequenina, envolta com uma cúpula brilhante. A casa que faz o Evangelho há dez anos, tem uma luz enorme, pois cada vez aumentam mais os clarões espirituais.
A leitura dos ensinamentos do Mestre, a força das vibrações feitas com Amor e a ajuda do Alto, tornam a casa um verdadeiro celeiro de Luz!
O Evangelho é o repertório da mais pura expressão da Lei de Amor que rege a vida; é o roteiro que Jesus nos ensinou e exemplificou e que nos serve de diretriz e referência para o esforço de aprimoramento moral e espiritual.
Ciente dessa realidade, é natural e conveniente que nos reunamos em família, diária ou semanalmente, para reconhecer e estudar os ensinos do Evangelho de Jesus que, enriquecido com os esclarecimentos da Doutrina Espírita, oferece-nos uma visão clara de nossa condição de Espíritos imortais e um sentido lúcido, coerente e bom para a nossa atual existência.
Fontes:
Livro : Evangelho no Lar “à luz do espiritismo”- Maria T. Compri
Editorial do Reformador nº. 2.150- Maio/2008.
Informações do site da FERGS -  fergs.org.br

14/06/2014

O bem mais precioso


Conta o folclore europeu que há muitos anos um rapaz e uma moça apaixonados resolveram se casar.
Dinheiro eles quase não tinham, mas nenhum deles ligava para isso.
A confiança mútua era a esperança de um belo futuro, desde que tivessem um ao outro.
Assim, marcaram a data para se unir em corpo e alma.
Antes do casamento, porém, a moça fez um pedido ao noivo:
Não posso nem imaginar que um dia possamos nos separar. Mas pode ser que com o tempo um se canse do outro, ou que você se aborreça e me mande de volta para meus pais.
Quero que você me prometa que, se algum dia isso acontecer, me deixará levar o bem mais precioso que eu tiver então.
O noivo riu, achando bobagem o que ela dizia, mas a moça não ficou satisfeita enquanto ele não fez a promessa por escrito e assinou.
Casaram-se.
Decididos a melhorar de vida, ambos trabalharam muito e foram recompensados.
Cada novo sucesso os fazia mais determinados a sair da pobreza e trabalhavam ainda mais.
O tempo passou e o casal prosperou. Conquistaram os cônjuges uma situação estável, cada vez mais confortável, e finalmente ficaram ricos.
Mudaram-se para uma ampla casa, fizeram novos amigos e se cercaram dos prazeres da riqueza.
Mas, dedicados em tempo integral aos negócios e aos compromissos sociais, pensavam mais nas coisas do que um no outro.
Discutiam sobre o que comprar, quanto gastar, como aumentar o patrimônio, mas estavam cada vez mais distanciados entre si.
Certo dia, enquanto preparavam uma festa para amigos importantes, discutiram sobre uma bobagem qualquer e começaram a levantar a voz, a gritar, e chegaram às inevitáveis acusações.
Você não liga para mim! - Gritou o marido. Só pensa em você, em roupas e jóias. Pegue o que achar mais precioso, como prometi, e volte para a casa dos seus pais. Não há motivo para continuarmos juntos.
A mulher empalideceu e encarou-o com um olhar magoado, como se acabasse de descobrir uma coisa nunca suspeitada.
Muito bem, disse ela baixinho.Quero mesmo ir embora. Mas vamos ficar juntos esta noite para receber os amigos que já foram convidados. Ele concordou.
A noite chegou. Começou a festa, com todo o luxo e a fartura que a riqueza permitia.
Alta madrugada o marido adormeceu, exausto. Ela, então, fez com que o levassem com cuidado para a casa dos pais dela e o pusessem na cama.
Quando ele acordou, na manhã seguinte, não entendeu o que tinha acontecido. Não sabia onde estava e, quando sentou-se na cama para olhar em volta, a mulher aproximou-se e disse-lhe com carinho:
Querido marido, você prometeu que, se algum dia, me mandasse embora eu poderia levar comigo o bem mais precioso que tivesse no momento.Pois bem, você é e sempre será o meu bem mais precioso. Quero você mais do que tudo na vida, e nem a morte poderá nos separar.
Envolveram-se num abraço de ternura e voltaram para casa mais apaixonados do que nunca.
*   *   *
O egoísmo, muitas vezes, nos turva a visão e nos faz ver as coisas de forma distorcida.
Faz-nos esquecer os verdadeiros valores da vida e buscar coisas que têm valor relativo e passageiro.
Importante que, no dia a dia, façamos uma análise e coloquemos na balança os nossos bens mais preciosos e passemos a dar-lhes o devido valor.
 
Redação do Momento Espírita, com base no texto O bem mais precioso, do folclore do Leste europeu.
Disponível no livro Momento Espírita, v. 1 e no CD Momento Espírita, v. 4,  ed. FEP.
Em 12.6.2014.

11/06/2014

A Paciência



A dor é uma bênção que Deus envia a seus eleitos; não vos aflijais, pois, quando sofrerdes; antes, bendizei de Deus onipotente que, pela dor, neste mundo, vos marcou para a glória no céu.
Sede pacientes. A paciência também é uma caridade e deveis praticar a lei de caridade ensinada pelo Cristo, enviado de Deus. A caridade que consiste na esmola dada aos pobres é a mais fácil de todas. Outra há, porém, muito mais penosa e, conseguintemente, muito mais meritória: ade perdoarmos aos que Deus colocou em nosso caminho para serem instrumentos do nosso sofrer e para nos porem à prova a paciência.

A vida é difícil, bem o sei. Compõe-se de mil nadas, que são outras tantas picadas de alfinetes, mas que acabam por ferir. Se, porém, atentarmos nos deveres que nos são impostos, nas consolações e compensações que, por outro lado, recebemos, havemos de reconhecer que são as bênçãos muito mais numerosas do que as dores. O fardo parece menos pesado, quando se olha para o alto, do que quando se curva para a terra a fronte.

Coragem, amigos! Tendes no Cristo o vosso modelo. Mais sofreu ele do que qualquer de vós e nada tinha de que se penitenciar, ao passo que vós tendes de expiar o vosso passado e de vos fortalecer para o futuro. Sede, pois, pacientes, sede cristãos. Essa palavra resume tudo.

 Um Espírito amigo. (Havre, 1862.) O Evangelho Segundo o Espiritismo.





28/03/2014

CUIDADO COM A MEMÓRIA DE SUA CASA!




O padrão vibratório de uma casa tem relação direta com a energia e o estado de espírito de seus moradores. Tudo o que pensamos e fazemos, as escolhas, os sentimentos, sejam bons ou ruins, são energias. O resultado reflete nos ambientes, pessoas e situações.

O corpo é nossa primeira morada e nossa casa, sua extensão. É ela que nos acolhe, protege e guarda nossa história. Da mesma forma que limpamos, nutrimos e cuidamos da vibração de nosso corpo, devemos estender esses cuidados e carinhos ao lar. Mais que escolher o imóvel e enfeitá-lo com móveis e objetos - muitas vezes guiados apenas por modismos ou pura praticidade -, a elaboração da atmosfera de um ambiente é importante porque reflete a personalidade de seu dono, dando pistas sobre seus gostos, estilo de vida, história e sonhos.

Há quem acredite que, colocando cristais, sinos de vento, fontes, espelhos, instrumentos do feng shui, é possível atrair bons fluídos e equilíbrio para dentro de casa. Mas, é muito pouco, pois a personalidade de um ambiente vai além. Ela é conseguida dia após dia, não apenas com técnicas, mas com pequenos atos de carinho e com muita energia boa.

Além de atrair bons fluídos para nosso lar, temos todas as condições de criá-los no interior do próprio ambiente. O conjunto de pensamentos, sentimentos, estado de espírito, condições físicas, anseios e intenções dos moradores fica impregnado no ambiente, criando o que se chama de egrégora.
Você, com certeza, já esteve em uma residência ou ambiente onde sentiu um profundo bem-estar e sensação de acolhimento, independe da beleza, luxo ou qualquer outro fator externo. Essa atmosfera gostosa, sem dúvida, era dada principalmente pelo estado de espírito positivo de seus moradores. Infelizmente, hoje em dia, é muito mais corriqueiro entrarmos em ambientes que nos oprimem ou nos dão a sensação de falta de paz e, às vezes, até de sujeira, mesmo que a casa esteja limpa. A vontade é ir embora rapidamente, ainda que sejamos bem tratados.

O que poucos sabem é que as paredes, objetos e a atmosfera da casa têm memória e registram as energias de todos os acontecimentos e do estado de espírito de seus moradores. Por isso, quando pensar na saúde energética de sua casa, tome a iniciativa básica e vital de impregnar sua atmosfera apenas com bons pensamentos e muita fé. Evite brigas e discussões desnecessárias. Observe seu tom de voz: nada de gritos e formas agressivas de expressão. Não bata portas e tente assumir gestos harmoniosos, cuidando de seus objetos e entes queridos com carinho.

Não pense mal dos outros. Pragas, nem pensar! Selecione muito bem as pessoas que vão freqüentar sua casa. Festas, brindes e comemorações alegres são bem-vindas porque trazem alegria e muita energia, mas cuidado com os excessos. Nada de bebedeiras e muito menos uso de drogas, que atraem más energias.
Se você nutre uma mágoa profunda ou mesmo um ódio forte por alguém, procure ajuda para limpar essas energias densas de seu coração. Lembre-se que sua casa também pode estar contaminada.
Aprenda a fazer escolhas e determine o que quer para sua vida e ambiente onde mora. Alegria, amor, paz, prosperidade, saúde, amizades, beleza já estão bons para começar, não é mesmo?

Reflita sobre como você vive em sua casa, no que pensa, como anda seu humor e reclamações do seu dia-a-dia. Tudo isto interfere no seu astral.
"Compartilhar e-mails com mensagens positivas é colaborar com a disseminação da luz, abrindo corações, despertando consciências, contribuindo assim, para a transformação planetária”.
 (**Franco Guizzetti é consultor e professor de Feng Shui e de Geobiologia/Radistesia, além de proferir palestras motivacionais. 

22/03/2014

Eficácia da Prece




O conhecimento espírita vai, a pouco e pouco, corrigindo distorções e arcaísmos, no que diz respeito ao entendimento daprece, seus objetivos e consequências.
        Por ela, ligamo-nos a Deus através do concurso das luminosas entidades que Lhe representam a Sabedoria e oAmor, nos inumeráveis planos da vida.
        Segundo o ensino doutrinário, podemos, na prece, realizar três atos fundamentais, que independem de lugar, tempo, idioma, duração e forma: 
  • louvar
  • pedir 
  • e agradecer.
        Quando dizemos “Pai Nosso, que estais no Céu, santificado seja o vosso nome”, usando esta ou aquela forma verbal, nesta ou naquela atitude física, estamos, invariavelmente, louvando a Deus, sua Misericórdia e sua Justiça, porque ao Criador estamos elevando nosso pensamento respeitoso e agradecido, confiante e sincero.
        prece outra coisa não é senão uma conversa que entretemos com Deus, Nosso Pai; com Jesus, Nosso Mestre e Senhor; com nossos amigos espirituais.
        É diálogo silencioso, humilde, contrito, revestido de unção e fervor, em que o filho, pequenino e imperfeito, fala com o Pai, Poderoso e Bom, Perfeição das Perfeições.
        Quando o espírita ora, sabe, por antecipação, que sua prece não opera modificações na Lei, que é imutável; altera-nos, contudo, o mundo íntimo, que se retempera, valorosamente, de modo a enfrentarmos com galhardia as provas, que se atenuam ao influxo da comunhão com o Mundo Espiritual Superior.
        Tem, assim, a prece o inefável dom de dar-nos forças para suportarmos lutas e problemas, internos e externos, de colocar-nos em posição de vencermos obstáculos que, antes, pareciam irremovíveis.
        Um homem, ao subir uma montanha, sente-se vencido pelo cansaço, pelo suor, pela exaustão, pela fome; para, no entanto, um pouco, alguns minutos, à sombra generosa de uma árvore, e retoma, depois, já fortalecido, a caminhada interrompida. A prece, como alimento espiritual, produz efeito semelhante.
        Quando as turbilhonantes e agressivas provas do mundo nos ameacem a estabilidade espiritual, busquemos naprece a restauração de nossas energias, a fim de que refeitos, à maneira do homem da alegoria, prossigamos a caminhada.
        Não devemos pedir, na prece, bens materiais — valores transitórios que “a traça consome, a ferrugem destrói, o ladrão rouba”. Roguemos a Deus valores eternos que se incorporem à nossa individualidade imperecível, de modo a lutar, com denodo, nas diversas frentes de experimentação a que nos conduz o esforço evolutivo.
        A verdadeira prece não deve ser recitada, mas sentida. Não deve ser cômodo processo de movimentação de lábios, emoldurado, muita vez, por belas palavras, mas uma expressão de sentimento vivo, real, a fim de que realizemos legitima comunhão com a Espiritualidade Maior.
        Os Espíritos nos advertem, abrindo perspectivas ao nosso entendimento: “A adoração verdadeira é do coração.”
        Valoriza-se, dizemos nós, pela sinceridade com que é feita, e por constituir “um bom exemplo”.
        São categóricas as Entidades Espirituais: “Declaro-vos — dirigindo-se a Allan_Kardec —que somente nos lábios e não na alma tem a religião aquele que professa adorar o Cristo, mas é orgulhoso, invejoso_e_cioso, duro e implacável para com outrem, ou ambicioso dos bens deste mundo.”
        A forma como adorar a Deus é problema secundário, tal como ocorre com o aspecto idiomático. Em português, francês, italiano, castelhano ou japonês, o que prevalece é a linguagem do coração. Equivale dizer: a linguagem dosentimento, a profunda manifestação da alma.
        Orar em secreto, no recesso do lar, é prática recomendada pelo Cristo, contrapondo-se à oração farisaica, proferida com a intenção de que seja o ato observado por terceiros. "Com a prece em conjunto, representando autêntica comunhão de propósitos, "mais forças têm os homens para atrair a si os bons Espíritos.”
        A medida que o homem vai evoluindo, ora mais pelos semelhantes do que por si mesmo. Pensa muito mais nas necessidades alheias do que nos próprios interesses, embora reconheça suas necessidades e para elas rogue sempre o amparo divino. A prece por outrem dilata a capacidade de amar e servir, com a consequente redução dos impulsos egoísticos que tão alto ressoam em nosso mundo interno.
        Encarnados e desencarnados devem ser objeto de nossas orações, uma vez que, sendo fonte de energias, alcançam aqueles para os quais estamos polarizando nossas vibrações, através de súplicas humildes, mas fervorosas e sinceras. Podemos, assim, beneficiar através de preces almas que se encontram em regiões de sofrimento, ou em organizações de reajuste, no plano espiritual. Preces individuais, inclusive no recesso de nossos lares. Preces em conjunto, via de regra, em nossas casas de fé. As vibrações da prece levam-lhes conforto: reanimam-nas, pela certeza de que estão sendo lembradas, uma vez que nossas imagens e sentimentos repercutem em suas individualidades.
        A bênção do amor de Deus chega até nós outros, caminheiros da sombra, através da prece, que, além de nos fortalecer o coração, amplia nossa visão espiritual com relação aos problemas do mundo, dos homens, da sociedade e das provas remissivas com que a Justiça Equânime nos reconduz ao Pai, pelas luminosas vias do progresso e da felicidade.

Referências:
Livro: "O Pensamento de Emmanuel", por Martins Peralva;
Romeu Leonilo Wagner, Belém, Pará