26/10/2014

Nós e a natureza


Nossa vida neste mundo... tão breve. E agimos como visitas inconvenientes.
Exaurimos o lugar em que vivemos, revolvemos as entranhas da Terra, amontoamos toneladas de lixo, poluímos as águas, matamos as árvores, extinguimos os animais.
E agora, que as consequências da aventura humana se fazem notar, nós, que desrespeitamos a vida, tememos pelo amanhã. Encolhemo-nos assustados: Que virá?, Perguntamos.
Silêncio por resposta.
No fundo das consciências, sabemos que a razão para esse estado de coisas é que nos afastamos da natureza, passamos a nos ver separados dos demais seres.
Dividimos o mundo e abrimos um abismo entre nós e o restante da Criação.
E, no entanto, por toda parte, a vida nos revela que somos irmãos de todas as criaturas.
Em nossas veias corre sangue alimentado por minerais como ferro, potássio, manganês e zinco. Somos irmãos da terra.
Nosso corpo é constituído por mais de setenta e cinco por cento de líquido. Somos irmãos da água.
A sequência genética revela que nossos gens são semelhantes aos de ratos e outros animais. Somos irmãos – ou pelo menos primos – de todos os bichos.
As vitaminas das frutas e vegetais se integram ao nosso organismo e mantêm a vida física.
O gás carbônico que expiramos será absorvido pelos vegetais: somos irmãos das plantas e das árvores.
No interior de nossos pulmões, o oxigênio transita livre, nutrindo a vida. Somos irmãos do ar.
Nosso corpo é formado do mesmo material que estrelas, pássaros, flores e pedras. Então, ser parte da irmandade universal é muito mais do que uma bela figura simbólica.
Somos verdadeiramente parentes de tudo o que existe. Estamos integrados na Criação de Deus. Astros, plantas e nós somos uma família que está unida na grande caminhada que chamamos vida.
Essa imensa integração deveria nos servir de profunda reflexão: Será que estamos de fato agindo como irmãos dos outros seres?
Agir como irmão é zelar, cuidar, preservar. É assim também que demonstramos nosso amor a Deus: tratando com bondade, compaixão e amor a todas as coisas e seres que Ele criou.
No entanto, passamos pela vida desatentos a esses pequenos gestos. É um sinal inequívoco de que precisamos repensar atitudes egoístas.
Já não é mais tempo de desperdiçar comida, amontoar lixo desnecessariamente.
Já não mais podemos sujar fontes de água. Ou mudamos de atitude agora ou nos tornaremos uma ameaça ao futuro de nossa espécie na Terra.
O planeta está exausto e as consequências dos excessos humanos já podem ser vistas: tsunamis, furacões, efeito estufa, aquecimento global.
São sinais de alerta de que nosso mundo azul está cambaleante, abatido.
É a nossa hora de agir, de demonstrar gratidão a Deus mediante atos generosos, conscientes e responsáveis.
Assim, quando nos decidirmos afinal a cuidar do planeta que nos acolhe; quando adotarmos uma postura de responsabilidade perante o mundo em que vivemos; quando nos sentirmos tocados pela compaixão por todas as criaturas, vale a pena lembrar que não estamos fazendo favor algum: é nosso dever. Simples e básico dever.
Faça da Terra um lugar muito mais feliz. Não esqueça que nele viverão seus filhos e netos, as gerações futuras. Ou você mesmo, em uma próxima existência.
Pense nisso!
Redação do Momento Espírita.
Em 17.6.2014.

20/10/2014

Um sábado muito especial

No sábado, 18 de outubro de 2014, a casa espirita da qual faço parte, a minha segunda família, realizou mais um jantar.Realizamos jantares para que possamos angariar fundos para aquisição da nossas sede, que é alugada!

Pra mim, o melhor de todos que já fizemos.

Fizemos tudo com muito amor, muita união e muita dedicação e o resultado não podia ser putro; uma noite de alegrias, de união!

Tenho que agradecer muito por fazer parte desta família!










03/10/2014

Allan Kardec

Muitas pessoas que se interessam pelo Espiritismo manifestam muitas vezes o pesar de não possuírem senão muito imperfeito conhecimento da biografia de Allan Kardec, e de não saberem onde encontrar, sobre aquele a quem chamamos Mestre, as informações que desejariam conhecer. Pois é para honrar Allan Kardec e festejar a sua memória que nos achamos hoje reunidos, e mesmo sentimento de veneração e de reconhecimento faz vibrar todos os corações.
Em respeito ao fundador da filosofia espírita, permiti-me, no intuito de tentar corresponder a tão legítimo desejo, que vos entretenha alguns momentos com esse Mestre amado, cujos trabalhos são universalmente conhecidos e apreciados, e cuja vida íntima e laboriosa existência são apenas conjeturadas. Se fácil foi a todos os investigadores conscienciosos inteirarem-se do alto valor e do grande alcance da obra de Allan Kardec pela leitura atenta das suas produções, bem poucos puderam, pela ausência até hoje de elementos para isso, penetrar na vida do homem íntimo e seguí-lo passo a passo no desempenho da sua tarefa, tão grande, tão gloriosa e tão bem preenchida.
Não somente a biografia de Allan Kardec é pouco conhecida, senão que ainda está por ser escrita. A inveja e o ciúme semearam sobre ela os mais evidentes erros, as mais grosseiras e as mais impudentes calúnias. Vou, portanto, esforçar-me por mostrar-vos, com luz mais verdadeira, o grande iniciador de quem nos desvanecemos de ser discípulos. Todos sabeis que a nossa cidade se pode honrar, a justo título, de ter visto nascer entre seus muros esse pensador tão arrojado quão metódico, esse filósofo sábio, clarividente e profundo, esse trabalhador obstinado cujo labor sacudiu o edifício religioso do Velho Mundo e preparou os novos fundamentos que deveriam servir de base à evolução e à renovação da nossa sociedade caduca, impelindo-a para um ideal mais são, mais elevado, para um adiantamento intelectual e moral seguros.
Foi, com efeito, em Lião, que, a 3 de outubro de 1804, nasceu de antiga família lionesa, com o nome de Rivail, aquele que devia mais tarde ilustrar o nome de Allan Kardec e conquistar para ele tantos títulos à nossa profunda simpatia, ao nosso filial reconhecimento. Eis aqui a esse respeito um documento positivo e oficial: “Aos 12 do vindemiário3 do ano XIII, auto do nascimento de Denizard Hippolyte-Léon Rivail, nascido ontem às 7 horas da noite, filho de Jean Baptiste – Antoine Rivail, magistrado, juiz, e Jeanne Duhamel, sua esposa, residentes em Lião, rua Sala n° 76. “O sexo da criança foi reconhecido como masculino. “Testemunhas maiores: “Syriaque-Frédéric Dittmar, diretor do estabelecimento das águas minerais da rua Sala, e Jean-François Targe, mesma rua Sala, à requisição do médico Pierre Radamel, rua Saint-Dominique n° 78. 3 Veja-se “Reformador” de abril de 1947, pág, 85.